
A versão original japonesa do Mario 2 era, na verdade, uma continuação do primeiro Mario com fases mais difíceis, fazendo os jovens nipônicos gastarem horas a fio tentando passar delas, memorizando pulos perfeitos e acidentes de percurso inesperados. Por causa disso, a Nintendo da América resolveu não lançar esse título nos EUA achando que, com ele, ia criar uma geração de jovens tristes, com baixa autoestima e descompromissados, lançando no lugar uma versão de outro jogo que não tinha nada a ver com o Mario 2 japonês, o Doki Doki Panic, apenas mudando os sprites (figura e animações dos personagens) do jogador pelas figuras do Mario. Isso explica um pouco — mas só um pouco — o motivo pelo qual o jogo é tão estranho e você fica tirando nabos do chão para jogar na cabeçona dos inimigos.Acho que é o momento adequado para uma pequena digressão. A tática de pegar um jogo de outro país/região e alterar somente alguns detalhes mínimos e os sprites dos personagens principais era uma prática comum. Exemplo emblemático para nós brasileiros é o Mônica no Castelo do Dragão, que não passa de uma adaptação feita pela Tectoy do Wonderboy in Monster Land, que resultou em um dos maiores sucessos do Master System aqui no Brasil ajudando a Sega a ter o tamanho que teve aqui em Pindorama.

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