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Música

O caso da Life or Death PR é só mais um exemplo de uma indústria musical repleta de sexismo

Nesta semana, várias mulheres tornaram públicos causos horríveis de má conduta sexual de um importante relações públicas do universo indie. Mas, infelizmente, esse é apenas mais um caso.

Na última terça (19), uma notícia estourou falando de uma conhecida companhia de relações públicas chamada Life or Death PR e seu fundador e CEO, Heathcliff Berru. A matéria, que você pode ler na íntegra na New York, foca em relatos de má conduta sexual cometidas por Berru na indústria da música — incluindo acusações vindas de artistas, colegas de relações públicas e jornalistas. Berru, por sua vez, se retirou de sua posição na empresa da qual fazia parte, dando uma declaração para o LA Weekly em que dizia estar “profundamente arrependido”.

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Não é novidade que existe sexismo na indústria musical. As ações de Berru são deploráveis, mas o que é ainda mais perturbador é como elas são comuns, e esse fato assustador sobre o mundo da música que nós cobrimos não é novo. No verão (do hemisfério norte) passado, com um único tweet, a reconhecida escritora e crítica Jessica Hopper lançou uma enorme discussão sobre os problemas que a mulher enfrenta na indústria musical diariamente. As respostas foram chocantes — inúmeras mulheres levantaram a voz com histórias sobre os horríveis obstáculos que elas enfrentam diariamente. São fatos como esses, junto com as notícias de ontem, que provam por que tem sido uma prioridade para todas as publicações dar voz às jovens mulheres, sejam elas musicistas, escritoras, relações públicas, estagiárias, editoras ou fãs, e encorajá-las a falar alto.

Eis várias formas de tentar olhar esse problema, e como podemos buscar soluções.

Como as mulheres estão usando as mídias sociais para combater a violência sexual na balada
O que aconteceu quando duas mulheres que foram sexualmente atacadas em casos diferentes em lugares populares da noite novai-orquina, falaram abertamente nas mídias sociais.

Se queremos acabar com o sexismo na indústria da música, o discurso precisa mudar
A escritora do Noisey Emma Garland apresenta uma visão sobre como a forma que falamos sobre as mulheres na indústria musical dá força ao patriarcado.

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A treta do EDM não é só com as mulheres
Nosso mergulho na barreira de gêneros da dance músic e que papel os homens brancos hetero tem nisso.

É claro que os black metaleiros trouxas estão mandando ameaças de morte para Myrkur
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Sem Segredos: Destruindo o sexismo na indústria musical e porque isso é só o começo (em inglês)
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Essa é a minha realidade como uma jornalista musical mulher (em inglês)
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Perguntamos a uma sala cheia de mulheres incríveis como diminuir as barreiras de gênero na dance music (em inglês)
No Brooklyn Electronic Music Festival de 2015, promovemos um debate para tentar encontrar soluções para a falta de mulheres na dance music.

Uma analise mês a mês da misoginia na indústria musical em 2015 (em inglês)
A escritora Annie Zaleski aponta como a misoginia real da indústria musical foi em 2015, e levanta a questão do porque continuamos permitindo que isso aconteça.

O que o hardcore, Ferguson e as “Mulheres negras nervosas” tem em comum? (em inglês)
A escritora Kayla Phillips explora a separação de raça e gênero, e como isso muda as politicas de reforma social.

Tradução: Pedro Moreira

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