Há uma mística inexplicável por detrás dos estúdios de música. Ouvimos sempre falar do momento em que uma banda decide "ir para estúdio" como se fosse uma espécie de retiro espiritual, um lugar que inspira os mais incríveis acordes e misturas nunca antes imaginadas.
Nunca sabemos muito bem o que acontece realmente dentro de um estúdio. Sabemos, isso sim, que há cinzeiros por toda a parte, fios a arrastar pelo chão, cadeiras giratórias, materiais cujo nome não conhecemos integralmente e, de alguma forma, é ali, naquelas paredes, que a magia acontece. Mas o que raio é essa magia?
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Frank, um filme de 2014 realizado por Lenny Abrahamson, para além da história real por detrás da vida de Frank (aka Chris Sievey, um comediante dos anos 80 conhecido por usar uma cabeça de cartão gigante com uma única expressão - e mais não contamos porque é mais fixe descobrires tu próprio a história), conta a história de um gajo (Jon) que deseja ser músico e decide acompanhar esta banda no grande salto em frente. Fecham-se numa casa de campo, o ambiente perfeito para a produção Do Álbum. Frank (Michael Fassbender) é especial, enigmático, cómico, misterioso, simples, o mastermind da banda. Mas não é de admirar que, após alguns dias naquele lugar, pequenos desentendimentos iriam surgir, dirigindo-os para uma situação sem solução à vista. Frank (apesar de ser mais que isso) mostra o lado mais cru dos dias de estúdio. A magia dispersa-se, desaparece até, o que era arte torna-se trabalho, vulgar e sem cor. O estúdio transforma-se num escritório de músicos, saturados e sem inspiração. A mística desvanece. No entanto, por alguma razão, existe algo que nasce de toda esta confusão. E é inevitável pensarmos se os mesmo não acontecerá com as bandas "reais".
Todos conhecemos as quezílias entre os Beatles, as incompatibilidades entre técnico de som e produtor; as inúmeras repetições, o cansaço e esgotamento. Mas existem também as boas histórias, as que se agarram a um nome como Abbey Road ou Sunset Sound, transformando-os em perfeitos templos musicais. Tipo aquela igreja posta à venda, no Quebec, onde os Arcade Fire gravaram dois álbuns - Neon Bible e The Suburbs. Ou o Pink Duck, o retiro de Josh Homme - um encontro entre o velho e o novo, uma espécie de bordel da época dos cowboys - utilizado também pelos Arctic Monkeys na gravação do Humbug.
De certeza que já alguma vez, por uma milésima de segundo, te imaginaste a gravar nos estúdios Abbey Road, em Londres, ou no lendário Sunset Sound e, no momento a seguir pensaste: "Isso é que era, mas estou completamente liso, sem um tostão!". Pensaste no quão genial seria sentares-te entre as mesmas quatro paredes em que John Lennon sarrabiscou os últimos arranjos da Come Together, ou de como seria inspirador absorveres toda a energia do Sunset Sound. Pois bem, a vida dá muitas voltas e no mundo da música as coisas são tão inconstantes e imprevisíveis que é impossível perpetuares um só desejo.
Consciente desta realidade, a Converse, através do programa Converse Rubber Tracks decidiu dar-te uma ajudinha bastante preciosa.
O Converse Rubber Tracks é, nada mais nada menos, que um programa que oferece a oportunidade para que músicos e bandas emergentes (de todas as idades e estilos) possam gravar em alguns dos mais emblemáticos estúdios do mundo, sem pagar um tostão. Sim, leste bem. É gratuito. Durante duas semanas, os seleccionados vão poder gravar com produtores e engenheiros de som mundialmente reconhecidos, e vão ter acesso à melhor tecnologia dos estúdios que protagonizaram alguns dos capítulos mais importantes da história da música. Já imaginaste, gravar no mesmo espaço em que este senhor inventou o som estéreo?
Esta é uma ideia que os criativos da marca já magicavam desde a abertura do seu primeiro estúdio, há quatro anos, - o Converse Rubber Tracks - em Brooklyn. "Desde o início tivemos vontade de levar este programa ainda mais longe, com a esperança de poder estender a oportunidade a artistas de todo o mundo", explica o director da Music Marketing da Converse, Jed Lewis. Para teres uma ideia, este estúdio já permitiu que mais de 900 artistas pudessem gravar os seus originais sem pagar nada, assegurando que no fim das gravações, os artistas mantêm todos os direitos sobre as suas próprias obras.
Bora lá. Faz-te à vida. Só tens que enviar uma pequena biografia - em texto ou vídeo - da banda (ou tua) e escolher três destes estúdios: Abbey Road Studios em Londres; Sunset Sound em Los Angeles; Hansa Tonstudio em Berlim; Tuff Gong na Jamaica; Greenhouse Studios em Reykjavik; Warehouse Studio em Vancouver; Avast! Recording Company em Seattle; Stankonia em Atlanta; Studios 301 em Sydney; Toca do Bandido no Rio de Janeiro; o estúdio de tijolos Converse Rubber Tracks em Brooklyn e o estúdio permanente de Converse Rubber Tracks que abrirá as suas portas este Inverno, em Boston.
No final, os seleccionados (todos maiores de 18 anos) serão anunciados no início de Julho e no mês de Setembro irão viajar para um dos países de um dos estúdios que escolheram. E atenção, as viagens e a estadia vão ser pagas pela Converse.
Aliciante, certo? Oupa, tens até ao dia 24 de Junho para te inscreveres.
Se ainda tens dúvidas dá uma espreitada no site do Converse Rubber Tracks.