Os Depeche Mode são aquela banda de culto que em Portugal, volta e meia, dá uso ao Estádio do Bessa. Como é uma banda tão antiga, não conseguimos visualizar os elementos que a constituem e que constituíram. Apenas compreendemos a banda como um elemento monocelular, como se fosse uma ameba gigante que cantasse a “Personal Jesus”.
Mas a formação da banda nem sempre foi a actual e hoje vamos falar do trabalho de um ex-Depeche Mode: o Alan Wilder. Recoil é o projecto a solo deste artista, que existe desde 1986. Diferente do registo da banda a que pertencia, Alan Wilder criou um projecto electrónico avant-garde (uma cena mais primitiva, mais crua) fugindo ao pop e experimentando coisas novas num altura em que o sampling não era um lugar comum.
Para esta sexta, dia 23, temos na Plataforma das Artes em Guimarães a performance que pode esclarecer tudo isto. Trata-se do filme-concerto A Strange Hour in Budapest. Este filme celebra os 25 anos deste projecto. Editado por Attila “Atus” Herkó, não é apenas música, transmite, também, alguma história.
Assim, leva-se o audiovisual ao seu pleno esplendor: é como ir à discoteca e ficar colado às projecções que rolam na parede, de preferência, depois de termos mandado cogumelos. Uma pequena nota à população: este ano, em Portugal, já morreram mais de cinco pessoas, pela ingestão de cogumelos do género “amanita-phalloides”.
