Entenda por que Temer quer liberar geral na Amazônia

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Entenda por que Temer quer liberar geral na Amazônia

Segundo o governo, a medida para reduzir área protegida é necessária para que o estado volte a ter investimentos. Será?

Para atender aos interesses do agronegócio, da extração de minério e da indústria madeireira, o presidente Michel Temer quer reduzir em 65% a área florestal protegida na Amazônia. O governo está preparando um projeto que, basicamente, desfaz o que Dilma Rousseff decretou em 11 de maio do ano passado. Pouco antes de seu impeachment, a presidenta criou cinco áreas (chamadas Unidades de Conservação) no estado do Amazonas, num total de 2,83 milhões de hectares em regime de conservação, área maior que o estado de Alagoas. Se o Congresso aprovar o texto proposto por Temer e seus aliados, essa área será de 1,772 milhão de hectares, 37% a menos do que o determinado por Dilma Rousseff. Ainda não há data para que isso aconteça, mas a expectativa é a de que o projeto chegue à Câmara dos Deputados na semana que vem.

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Precipitação ou não?

Segundo o governo, a medida é necessária para que o estado possa crescer e volte a ter investimentos. Átila Lins, deputado e líder da bancada amazonense, disse em seu Facebook que "a decisão do presidente Temer vai pôr um fim no clima de intranquilidade e de insegurança jurídica". Dilma é acusada de criar as reservas sem estudos prévios e sem notificar o estado com antecedência. No entanto, o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), órgão que cuida e fiscaliza as Unidades de Conservação do país, afirma que estudos são feitos desde 2001. A ex-ministra Izabella Teixeira contesta a acusação de que não houve audiências públicas e afirma que elas aconteceram pelo menos duas vezes. As unidades, argumenta, deveriam ter sido criadas ainda em 2015.

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