O modo restrito do YouTube está escondendo vídeos LGBTQ

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O modo restrito do YouTube está escondendo vídeos LGBTQ

A empresa foi criticada online por causa da gafe e disse hoje que os vídeos foram “incorretamente rotulados”.

"Esta matéria foi originalmente publicada na VICE Canadá'

No clipe de "Alligator", as cantoras canadenses Tegan e Sara estão usando o máximo de roupa humanamente possível, mas aparentemente, para o YouTube, ele é ousado demais para os olhos das crianças.

O vídeo foi marcado como contendo "material sensível" e restringido pela plataforma de vídeos online, e não foi o único. O YouTube agora está suando para consertar o "modo restrito" da empresa – que funcionava como um filtro voluntário para maconha ou vídeos inapropriados e desagradáveis para o usuário – antes de aparentemente bloquear vídeos LGBTQ.

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Os vídeos restritos incluem o recém-postado "Oito LGBTs Negros Pioneiros Que Me Inspiraram" de Tyler Oakley, vários clipes de Tegan and Sara, vídeos de Rowan Ellis, canais de conselhos como "Everyone is Gay", e vídeos discutindo bissexualidade e questões trans. E as pessoas ficaram putas.

"Nossos clipes Alligator e That Girl + U foram bloqueados", tuitou o perfil Tegan and Sara. "Nenhum deles têm 'conteúdo sensível', a menos que dançar seja 'sensível'."

Rowan Ellis, uma vlogueira LGBTQ, fez um vídeo declarando que 40 de seus vídeos foram bloqueados e perguntando se o "YouTube é anti-LGBTQ". No vídeo Ellis diz que o YouTube é um dos únicos lugares onde jovens queer e trans podem encontrar conselhos e apoio, e que limitar seu acesso a vídeos assim pode ser perigoso – ela também questiona a razão oculta para os vídeos terem sido bloqueados.

"Acho que é muito importante analisar por que conteúdo LGBT foi considerado impróprio", ela disse. "Isso é algo que vai muito além de apenas num erro do YouTube, que eles vão retirar e consertar depois. Isso é algo que me deixa muito, muito brava."

A restrição também atingiu vídeos que não incluem tópicos LGBTQ, e nem todos os vídeos LGBTQ foram restringidos – alguns dos vídeos que foram denunciados nas redes sociais agora não estão mais restringidos. Depois de toda a atenção negativa na internet semana passada, o YouTube divulgou uma declaração através do Twitter numa tentativa de esclarecer o ocorrido.

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"A intenção do modo restrito é filtrar conteúdo adulto para uma pequena parcela dos espectadores que querem uma experiência mais limitada", diz a declaração. "Vídeos LGBTQ+ estão disponíveis em modo restrito, mas vídeos que discutem questões mais sensíveis podem não estar."

"Nos desculpem pela confusão com o Modo Restrito", diz uma atualização. "Alguns vídeos foram incorretamente rotulados e isso não é certo. Estamos trabalhando nisso! Mais notícias em breve."

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Tradução: Marina Schnoor

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