Fomos lá e vimos: Tribute to Queen

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Fomos lá e vimos: Tribute to Queen

A emoção de ver Mercury renascido das cinzas.

Se tivessem a oportunidade de entrar numa máquina do tempo e ir ver um concerto, qual seria? Provavelmente alguns de vocês escolheriam um concerto de Queen. Eu estaria logo ali, na primeira fila, para poder sentir a energia de Freddie Mercury, um dos melhores vocalistas e compositores de todos os tempos. Ninguém tenha passado a adolescência nos anos 80 poderá dizer que não sabe pelo menos um dos seus temas de cor ou que de algum modo esta banda não o marcou em todos os hit parades icónicos que preenchiam aquelas tardes de fim de semana. Os Queen conquistaram-nos pela grandiosidade dos seus temas ainda hoje escutados (e aquele spot publicitário repetido até à exaustão?), pelos seus concertos apoteóticos como a mítica performance no Live Aid e pelo poderoso Freddie que arranjou um cantinho especial no nosso coração pelo excelso frontman que foi e pela difícil forma como se foi. Ainda hoje recordo o dia em que cheguei à escola com os olhos rasos de água por ter ouvido nas notícias que sucumbira à doença e o mais incrível foi que olhando à minha volta o ar de consternação era geral. Parecia que alguém próximo se fora… Por isso não é de todo impossível imaginar a emoção sentida ao ver o espectáculo da banda de tributo God Save The Queen — (DSR), considerada pela própria mãe de Freddie como o melhor tributo aos Queen, passando mesmo pelo crivo de Brian May que fez questão de os conhecer. Além de todo o cenário e caracterização serem idênticas, sem faltar as verdadeiras calças Adidas brancas e a T-shirt com a Betty Boop nas costas do suposto Mercury, o verdadeiro short amarelo do baixista, os caracóis do pretenso Brian May, os temas são tocados na perfeição, um hit após o outro e cantados de forma suprema, revelando a excelente capacidade vocal de um Pablo Padín que mesmo cantando a capella conseguiu atingir as notas que pensava que só Freddie poderia conseguir. Mas o Pablo surpreende sobretudo pela parecença com o grande Ícone, desde a fisionomia ao bigodito, aos trejeitos e piruetas, às expressões faciais, à forma como interage com o público, muitas vezes os olhos voltavam a humedecer pela emoção de ver Mercury renascido das cinzas. Normalmente, quando ouvimos falar em bandas tributo ficamos com aquele receio de que algo venha estragar o que era óptimo, mas neste caso tal não se aplica. Para quem nunca viu os Queen ao vivo, tem neste projecto a oportunidade de ver algo muito próximo do original e vivenciar as emoções sentidas com temas como "Who wants to live Forever", "It's a Kind of Magic", "Bicycle Race", "We will rock You" "Bohemian Rhapsody" ou "Radio Gaga", este último com as palmas da praxe. O final não poderia ter sido mais glorioso com a entrada do "Freddie" envergando o manto real e usando coroa tendo o hino britânico como pano de fundo. Freddie Mercury, esteja onde estiver, estará decerto muito orgulhoso.

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