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Assista a nosso documentário sobre sexo e pornô na nova era digital:
É a permeabilidade dessas definições que abre o modelo de vício a ataques. Bichard salienta que a maioria dos seus pacientes experimenta angústia, certamente um motivo para procurar tratamento. Mas "vergonha" – um conceito sem sentido fora de uma cultura específica – é uma palavra que surge repetidamente, e os efeitos negativos tendem a envolver a desaprovação de um parceiro. Significativamente, um estudo recente descobriu que pessoas religiosas têm uma propensão maior a acreditar que são viciadas em pornografia.
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O conceito de vício em pornografia e seus modelos de tratamento realmente funcionam num enquadramento moral específico. Bichard me disse que "mulheres se viciam em relacionamentos e homens em sexo", que "mulheres fazem sexo para ter relacionamentos e homens têm relacionamentos para fazer sexo" e que homens são "atraídos", enquanto mulheres são "atraentes".No entanto, talvez todo esse debate seja secundário em relação ao fato de que as pessoas estão procurando ajuda porque não estão bem. Parabéns se você se sente feliz depois de bater punheta por dez horas diárias, mas… e as pessoas que não se sentem?O psicoterapeuta Ash Rehn afirmou: "Não faço afirmações sobre [a tese] se o vício em pornografia é 'real' ou não. As pessoas que me consultam por causa de seu uso de pornografia estão numa posição melhor para julgar se algo é real para elas. O fato é que algumas pessoas sofrem para parar ou limitar seu uso de pornografia".Porém, Rehn ratifica que se concentrar muito no "vício em pornô" pode significar uma alienação em relação a problemas subjacentes. "Se um terapeuta faz isso, ele se arrisca a perder o propósito ou o significado original do uso de pornografia pelo paciente", ele destacou.Em teoria, as pessoas podem se "viciar" em qualquer coisa: ganhar dinheiro, conversar, chocolate. Comportamento compulsivo frequentemente é uma indicação de outros problemas de saúde mental. Em um estudo com homens "viciados em sexo", 62% tinham um histórico de depressão profunda e quase todos tinham um histórico de abuso ou dependência de álcool, enquanto outros relataram transtorno obsessivo compulsivo e fobia social.Nada disso significa que Mark – que não consegue ficar longe do PornHub durante o expediente – não tenha um problema ou não deva receber ajuda. A questão é: estamos prestando um desserviço ao chamar essas pessoas de viciadas? Por que apenas vícios que deixam a consciência pesada (comida, sexo, jogo) geram essas teorias? Nunca conheci ninguém preocupado por estar viciado em ler ou ouvir música.@frankiemullinTradução: Marina SchnoorEm teoria, as pessoas podem se 'viciar' em qualquer coisa: ganhar dinheiro, conversar, chocolate.