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audiovisual

O Artista que Colocou o Infinito numa Sala em Istambul

A instalação de algoritmos de Refik Anadol gera cenários sem fim por meio de luz, som e projeção.

Imagem: Refik Anadol via

Representar o infinito é uma tarefa problemática. Há o risco de cair em clichês ou, no caso dos artistas contemporâneos, de representar símbolos desgastados. Isso não impede que o tema continue a dar as caras na arte. Refik Anadol, um artista turco que vive em Los Angeles, nos Estados Unidos, aborda este conceito em sua mais recente instalação, a Infinity Room. A obra, que consiste em uma sala onde são realizadas projeções de padrões em suas paredes e que oferece uma experiência de imersão ao público, é parte do que Anadol chama de seus Experimentos Temporários de Ambientes de Imersão. Ela está exposta no Zorlu Center of Performing Arts, em Istambul, na Turquia.

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As peças audiovisuais transformam um espaço em um ambiente simulado, abstrato  e alucinante. Em sua página, Anadol escreve que efeito é atingido “ao se utilizar do estado de imersão, que é o estado de consciência no qual a consciência do eu físico daquele que se submete à imersão é transformado quando cercado por um ambiente envolvente, frequentemente artificial, criando a percepção de uma presença em um mundo não-físico.”

Na instalação, esse mundo não-físico é o infinito, que é gerado algoritmicamente por meio de luz, som e projeções. O resultado é um cômodo que mais parece algum tipo de portal do outro mundo, onde espirais, ondas e formas lineares fazem com que as paredes pareçam derreter. Anadol, contudo, diz que a ideia não é puro escapismo, e sim uma oportunidade de purificar as portas da percepção. Uma espécie de experiência psicoativa sem drogas.

“Neste projeto, o ‘infinito’ foi escolhido como um conceito, um esforço radical para desconstruir as estruturas do espaço ilusório e ir além dos limites normais da experiência visual, para transformar a tela de projeção do cinema bidimensional tradicional em um espaço cinético e arquitetônico tridimensional de visualização através de algoritmos contemporâneos”, explica Anadol.

Imagens: Refik Anadol via

R and D

A video posted by Refik Anadol (@refikanadol) on Aug 25, 2015 at 11:31pm PDT

Yesterday opening was a big success! Thanks for @artnivocom and @zorlu_psm for their wonderful support! #refikanadol #artnivocubes

A video posted by Refik Anadol (@refikanadol) on Sep 6, 2015 at 1:30am PDT

A Infinity Room de Refik Anadol faz parte da exposição 40 METERS 4 WALLS 8 CUBES, que ficará em cartaz atédia 01 de novembro de 2015 no Zorlu Center of Performing Arts. Clique aqui para mais informações.

Tradução: Flavio Taam