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Música

Lucindo mergulha nas profundezas de si mesmo em ‘Processual’

O produtor paulistano conhecido como Iridescent foi tão pessoal em seu novo disco que decidiu assiná-lo com seu próprio nome.

Processual é um turbilhão de emoções. Não só é um disco de altos e baixos, momentos desacelerados e frenéticos, agudos e graves, como também mistura samples digitais e drum machines analógicos pra sintetizar sons que vão do pop ao vaporwave. Não que seja um disco pouco coeso, nada disso: tudo isso é costurado suavemente por Victor Lucindo, produtor paulistano, que nos leva de uma parte a outra do disco como se todas fizessem parte de uma única história.

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E, na verdade, fazem: Lucindo compôs todas as doze faixas do disco em meros vinte dias. "Eu estava num momento bem ruim, cheio de crises pra resolver e ao mesmo tempo muito tempo nas mãos. Em algum momento eu decidi canalizar essa energia fazendo tracks", conta. "Quando vi, tinha um álbum nas mãos que era muito documental desse período."

Quem conhece o paulistano por seu projeto principal, Iridescent, se assustaria com a mudança. O usual techno, criado baseado em uma história geralmente ficcional, deu lugar a um som diverso e criado apenas com base na vida e sentimentos reais do produtor. "Apesar de não ser tão diferente assim, esse disco não necessariamente se prende ao 4/4, não tem essas camadas de artifício. Sou eu", diz.

Apesar de profundamente pessoal, o disco pede emprestadas referências de todo o canto, possuindo samples de aberturas de novelas, pop dos anos 80, folk dos 70; entre muitos outros sons. O produtor destaca duas faixas como suas favoritas: "As Mãos Podem" e "Leva Logo". "São o mais perto que eu cheguei de fazer pop romântico (risos). Até agora."

Entre na viagem pessoal de Lucindo, com seu novo trampo que sai pela Fluxxx:

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