Este artigo foi originalmente publicado na VICE CANADÁ e actualizado pela VICE Portugal, de acordo com as mais recentes informações conhecidas.Os olhos do Mundo estavam postos em França este fim-de-semana, enquanto o país se preparava para eleger um novo presidente. Como aparentemente parece estar a tornar-se a norma, a escolha era entre um candidato alinhado ao centro e um outro, disruptivo, de extrema-direita. No canto do sistema sentava-se Emmanuel Macron, no canto da extrema-direita, sentava-se Marine Le Pen.
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Macron, de 39 anos, conseguiu uma vitória robusta, com mais de 60 por cento dos votos, segundo as projecções actuais [os resultados finais só serão conhecidos a 10 de Maio, sendo que a 14 termina o mandato de Francois Hollande e terá início o de Macron], o que faz dele o mais jovem presidente de sempre. Marine Le Pen foi lesta a assumir a derrota.No discurso de vitória, Junto ao Museu do Louvre, em Paris, e perante uma multidão de apoiantes, o recém-eleito presidente apelou à união de todos os franceses, incluíndo os que votaram em Le Pen, para fazer face "aos gigantescos desafios que a França e a Europa enfrentam". "Esta noite escolheram a audácia", considerou Macron. E acrescentou: "A moralização da classe política é o primeiro passo que temos de seguir, para uma França aberta ao Mundo e em permanente defesa dos valores europeus"
Antes de se lançar na corrida à presidência com o seu próprio partido, En Marche!, Macron foi ministro das Finanças do ainda presidente Francois Hollande. Le Pen, por sua vez, era a líder do extremista partido Frente Nacional (fundado pelo seu pai) até se lançar na candidatura. Enquanto Macron assentava a sua candidatura numa posição pró-União Europeia, a sua rival escudava-se no proteccionismo e no nacionalismo.Nenhum dos candidatos dos partidos de centro esquerda e centro direita que há décadas dominam a governação em França, passaram à segunda volta. Le Pen recebeu o apoio tanto dos líderes norte-americano, como russo, Donald Trump e Vladimir Putin. Barack Obama e Hollande, por sua vez, declararam o seu apoio a Macron.Muito do foco global sobre estas eleições recaiu no facto de Le Pen, que defende uma retórica anti-imigração e anti-islão, ter conquistado 7.6 milhões de votos na primeira volta, batendo o recorde do seu pai, para o candidato de extrema-direita mais votado de sempre em França. Muitos comentadores viram esta eleição, como uma escolha semelhante às eleições norte-americanas e ao Brexit.Tal como essas votações, também esta decisão em França foi carregada de momentos dignos de um drama ficcional, com destaque para o mais recente episódio relativo ao alegado roubo informático dos e-mails da campanha de Macron, divulgados pouco antes do último e combativo debate televisivo entre os dois candidatos.Este resultado vai de encontro às mais recentes sondagens anteriores à eleição.Segue Mack Lamoureux no Twitter.
Antes de se lançar na corrida à presidência com o seu próprio partido, En Marche!, Macron foi ministro das Finanças do ainda presidente Francois Hollande. Le Pen, por sua vez, era a líder do extremista partido Frente Nacional (fundado pelo seu pai) até se lançar na candidatura. Enquanto Macron assentava a sua candidatura numa posição pró-União Europeia, a sua rival escudava-se no proteccionismo e no nacionalismo.Nenhum dos candidatos dos partidos de centro esquerda e centro direita que há décadas dominam a governação em França, passaram à segunda volta. Le Pen recebeu o apoio tanto dos líderes norte-americano, como russo, Donald Trump e Vladimir Putin. Barack Obama e Hollande, por sua vez, declararam o seu apoio a Macron.Muito do foco global sobre estas eleições recaiu no facto de Le Pen, que defende uma retórica anti-imigração e anti-islão, ter conquistado 7.6 milhões de votos na primeira volta, batendo o recorde do seu pai, para o candidato de extrema-direita mais votado de sempre em França. Muitos comentadores viram esta eleição, como uma escolha semelhante às eleições norte-americanas e ao Brexit.Tal como essas votações, também esta decisão em França foi carregada de momentos dignos de um drama ficcional, com destaque para o mais recente episódio relativo ao alegado roubo informático dos e-mails da campanha de Macron, divulgados pouco antes do último e combativo debate televisivo entre os dois candidatos.Este resultado vai de encontro às mais recentes sondagens anteriores à eleição.Segue Mack Lamoureux no Twitter.