Lean On Me: ameaças de morte por emoticon e o tráfico de codeína no Instagram

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Lean On Me: ameaças de morte por emoticon e o tráfico de codeína no Instagram

Parece uma mistura de codeína com refrigerante e balas, mas é só tristeza.

No momento em que escrevo isso, um traficante me quer morto. Ele pode ter fa

No momento em que escrevo isso, um traficante me quer morto. Ele pode ter falado isso usando emoticons, mas uma ameaça de morte é algo inconfundível.

Um traficante de Atlanta está convencido de que eu roubei dele alguns litros do xarope para tosse Actavis - uma mistura bem potente de codeína e prometazina. Nos EUA eles costumam chamar isso de "lean" ou "drank".

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Eu nunca tomei lean. Nunca vi esse trafica. Eu nunca nem estive em Atlanta.

Todo esse encontro aconteceu no Instagram, onde centenas de usuários vendem lean, maconha e uma variedade de remédios que só deveriam ser obtidos sob prescrição médica. É um mercado virtual ao ar livre. Muitas dessas contas nem chegam a ser privadas.

Lembra do Silk Road, aquele mercado de drogas misterioso da deepweb? (Que, por sinal, foi recentemente fechado pelo governo dos Estados Unidos). É quase a mesma coisa, mas no mesmo app que você usa pra tirar foto do seu café-da-manhã. O mesmo aplicativo que o Facebook comprou por um bilhão de dólares, o equivalente a 2,85 milhões de garrafas de Actavis, a marca líder em lean.

Eles vendem e garantem a entrega no dia seguinte, bastando uma mensagem de texto para fazer o pedido.

Lean, Oil, Mud, Texas Tea, Dirty Sprite, Drank, Sizzurp - o arquétipo do copinho de isopor com uma bebida roxa que você está imaginando é um coquetel de prometazina e codeína, misturado com soda limonada e umas balinhas pra melhorar o sabor. O lean é frequentamente citado por rappers nas suas músicas, e, assim como o hip-hop, começou em uma área isolada (Houston) e se propagou a partir daí. Ícones da cidade como DJ Screw e Pimp C, da dupla UGK, defendiam a bebida - e também morreram de overdose por ela.

E, recentemente, tudo ficou roxo. O rapper Fat Tony, de Houston - que afirma nunca ter bebido lean - diz que "[lean] possui um histórico de ser associado ao rap por causa do DJ Screw e a música de Houston, mas ficou popular porque todo rap hoje menciona o lean". O músico de 25 anos continua, "Basta ouvir o top 20 de sites como o livemixtapes e eu te garanto que todas as faixas vão citar lean, seja do Lil' Wayne, do Jeremih, Chief Keef, Migos, Rich Homie Quan, Kevin Gates, A$AP Rocky ou da galera da TDE como Schoolboy Q e Ab-Soul - até o Mellowhype do Odd Future. Tá popular no rap de uma forma como nunca vi antes."

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Mas os rappers não estão só fazendo rima sobre lean; eles estão publicamente falando sobre seus problemas com a bebida. Gucci Mane recentemente desabafou no Twitter após ter sido hospitalizado e preso.

"Quero aproveitar esse momento para crescer e me desculpar com minha família, com os amigos, a indústria e todos os meus fãs", tuitou o artista de 33 anos. "Me arrependo muito! Tomo lean faz dez anos e tenho que admitir que isso me destruiu. Quero ser o primeiro rapper a assumir que é viciado em lean e dizer que esse bagulho não é brincadeira. Eu mal consigo lembrar as coisas que fiz ou falei… Agora eu tô preso, mas logo mais vou para o rehab porque sei que preciso de ajuda."

Clinicamente falando, prometazina é um anti-histamínico, não muito diferente de Benadryl. É comumente usado como sedativo ou no tratamento de náuseas, enxaquecas ou fortes reações alérgicas. Causa bastante sono e dissociação, e aumenta os já poderosos efeitos da codeína. Você pode se refrescar numa piscina, ou sentar na frente de um ar-condicionado. Mas se você entrar pingando de suor dentro de uma casa gelada, a sensação é aumentada absurdamente. Você imagina como é.

Mas para uso recreacional como um bom drink, os ingredientes e as medidas mudam de caso pra caso, então vamos falar em termos gerais.

A codeína é derivada da semente de ópio, a mesma planta que vem sendo usada e abusada por milhares de anos por nós humanos drogados. Como a heroína, morfina e oxicodona, a codeína é um opiáceo. Elas são viciantes, e possuem a reputação de matar ou de alguma forma arruinar a vida de jovens músicos. "O lean no Texas não é uma coisa só de rappers", diz Tony. "Minha mãe tem 51 anos e tem visto pessoas tomando lean durante sua vida inteira. O avô dela e seus amigos tomavam nos anos 30 e 40. Assim que a medicação apareceu, as pessoas começaram a tomar. Desde artistas do jazz, blues e até os baladeiros, lean é pro mesmo tipo de pessoa que usaria heroína."

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Mas assim como com outras drogas, alguns músicos falam do lean como uma ajuda para a criatividade.

"Eu apenas vou pro estúdio," diz o artista de 27 anos Kevin Gates, de Baton Rouge, em trecho de uma entrevista não publicada para a Noisey ainda no começo desse ano. "Eu gosto de tomar com o Sunkist sabor abacaxi. Eu não tomo drinks pelo gosto, só quero algo delicioso com prometazina dentro. Eu tomo o xarope. Eu uso bastante drogas porque eu tenho que cuidar da depressão. Mas eu não incomodo ninguém - eu não deixo minha depressão incomodar outras pessoas. Eu apenas uso drogas e gravo música. Eu comecei a tomar lean quando eu tinha 14 anos." Obviamente, ele não é o único.

"Quando eu estava usando lean, minhas músicas tendiam a ser mais lentas", diz Mac Miller, 21, que falou em público recentemente sobre parar com a droga por causa do vício. "Ela me deixou fora da correria da indústria e me permitiu parar tudo o que estava fazendo. Me levou a umas descobertas emocionais bem bizarras. Não estou dizendo que foi positivo ou negativo. Mecadellic tem uma pegada bem monótona, já que a droga te deixa dopado e sem emoção."

Mondre MAN, 22, do duo de hip-hop Main Attrakionz de Oakland - que lançou uma série de mixtapes com várias referências à cor roxa - explica como é usar lean: "Beleza, se você toma o bagulho há um tempão mesmo, e você fica dois ou três dias sem tomar, seu estômago vai começar a zoar. Você vai querer tomar mais lean. É como heroína. Heroína líquida, mano."

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"Acho que as pessoas sabem quão ruim isso é'," diz Ty Dolla $ign, 28, cuja mixtape recente Beach House 2 lida explicitamente com a cultura do lean, especificamente a faixa "Still Sippin". "A galera só não se importa mesmo. É gostoso e te faz sentir tipo, foda-se. É igual cigarro. Todo mundo sabe que cigarro é ruim, mas vão continuar fumando e tal".

Os efeitos a longo prazo incluem uma mudança para endorfinas do corpo e, claro, a possibilidade de morte.

"Mano, eu acordo" diz Mondre. "Provavelmente já vou ter um copo na geladeira. Você bebe e sente bater na hora, tá ligado? O lance é que o bagulho te deixa calmo, suave. Mas se você tá num dia louco e a sua mina tá no seu ouvido o dia inteiro com problemas e o caralho, você fica puto muito rápido, cara. Você começa a apagar e essas coisas."

Quando álcool é misturado com opiáceos, o efeito é ainda mais intenso. A respiração fica curta e difícil. O corpo não consegue oxigênio o suficiente. "Dizem pra não misturar com bebida, mas você sabe que faço essas merdas também", diz Mondre. "Depois que tomo o lean, fico bebendo e o álcool intensifica o lean saca, e depois você só fica com muito sono."

As principais marcas são Actavis, Hi-Tech e Qualitest. Se o Actavis é tipo um Moët, Qualitest e Hi-Tech estão mais para Andre. "Se você for a um médico, eles podem até te receitar Hi-Tech; essas são vermelhas" diz Mondre. "Não são muitos médicos que vão prescrever as roxas [Actavis]. Essas você só encontra nas ruas."

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Mas em 2013, para encontrar algo "nas ruas" não precisa de muito mais do que ligar o seu smartphone. O rapper de 36 anos Pusha T, que construiu uma carreira em cima de musicas com referências ao tráfico de drogas - e cujo antigo empresário Anthony "Geezy" Gonzalez foi sentenciado a 32 anos de prisão por tráfico de drogas em Abril de 2009 - declarou (e obviamente) que é contra ir a público falar sobre atividades ilegais.

"Tenho certeza que assim que isso atingir os fãs, os envolvidos nisso vão se arrepender bastante de terem usado o Instagram", conta. "Eu sei que agentes federais olham o Instagram, e o Twitter também. Eles usam essas ferramentas pra localizar você. Eles vêem seus vídeos. Meu vídeo para "Exodus 23:1" foi exibido em todo o sistema federal. Foi exibido em uma prisão, onde os oficiais montaram tudo e fizeram os prisioneiros assistirem a tudo dizendo 'A gente tá ligado nisso. Sabemos que esse cara fez isso e aquilo e tal'. Então, eu não continuaria fazendo isso, galera."

O preço pela droga varia bastante, na rua ou no Instagram. A média vai de 250 ate 400 dólares. Fat Tony diz que a garrafa pode sair facilmente por 1 mil dólares em Houston. Mondre diz que da última vez que viu, estava por 200 em Oakland. Ty$ diz que já viu até por 1200 em Atlanta. Um frasco pode durar até uma semana.

"Beba com cuidado", adiciona Mondre.

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Na semana passada, eu estava sentado peladão na minha cama, tinha acabado de sair do banho e um amigo me envia uma mensagem "Fletch. Porque o fulano te chamou de cuzão?"

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Abri o Instagram com um monte de notificações, percebendo que fui taggeado várias vezes por um traficante de lean que eu fiz a burrice de tentar interagir.

Seu post mais recente era um screenshot do meu perfil, que na época fui burro demais por deixar desprotegido e lotado de referências a locais específicos. Sua legenda dizia: "TUDO CUZÃO FDP (e uns emoticons com olho em X, outro emoticon com uma arma)… os maluco tiraram a grana do green dot antes de pegar as garrafa pq eu falei q se sujasse a parada entao era só tirar o dinheiro… é por isso q esses puto nao quiseram usar o PayPal #Bitch ass niggas." (tradução livre).

O próximo comentário foi meu nome de usuário repetido várias vezes. O terceiro diz "manda a grana e eu deleto tudo".

O único problema é que não tinha o que mandar. Meu último e único contato com ele foi 3 meses antes. Toda a nossa conversa se resume a talvez vinte palavras, nenhuma das quais foram meu nome, endereço, nem o que eu queria. Eu não comprei nada e nunca planejei comprar. Com quem ele tava me confundindo? Quanto dinheiro ele achava que devia pra ele? Quão sério ele tava falando?

Vamos voltar por um segundo. A primeira vez que vi esse trafica foi nos comentários de uma foto postada pelo Juicy J. Seu comentário - já deletado - bem ostensivo oferecia algumas garrafas ao Juicy J, por conta da casa. De qualquer forma, naquela hora, decidi tocar na tela do meu telefone e vi que sua conta era privada. Sua bio dizia: "Bom Drank TENHO OS BAGULHO DE VDD ME MANDA UM SMS… 350 por garrafa… 2 por 600…ENTREGAMOS ATE O DIA SEGUNTE… SEM POBRE LOKO!"

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Comprei o blefe e fiz logo um pedido pra seguir seu Instagram. Ele aceitou em poucos minutos, e eu tava dentro. Puta merda, pensei. Esse cara vende lean pra caralho.

Em seu perfil, encontrei dezenas de fotos documentando cada etapa da operação: copos de isopor cheios de líquido roxo; garrafas com a etiqueta "Actavis Prometh com Codeína" - as vezes uma, as vezes três dúzias; caixas com etiquetas da USPS (os Correios dos EUA) cheias de garrafas; uma pilha de etiquetas de entrega; rappers desconhecidos dando uma passada pra pegar umas garrafas pessoalmente e posando para algumas fotos. E ele também mostra os frutos do seu trabalho - dinheiro, relógios, sapatos, bolsas de grife, pistolas automáticas, chaves de Mercedez Benz e BMWs e uma fila de camisetas falsificadas com o logo da Actavis na frente. Na parte de trás? As palavras "LEAN ON ME" (Conta comigo e aquela música do Bill Withers).

Passeando por algumas fotos, ficou aparente que ele não era apenas um traficante, mas alguém bem conhecido na comunidade do rap sulista. Ele aparece com o Kevin Gates regularmente, e até o Rich Homie Quan cola também. Gates e Quan possuem mais de 80 milhões de visualizações no YouTube juntos, o que é a população de New York, California e Texas combinadas.

E ainda assim lá tava esse cara, vendendo lean no Instagram, passando seu número de telefone na bio como se estivesse nas páginas amarelas.

Rich Homie Quan à esquerda. Kevin Gates à direita.

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A seção de comentários das suas fotos no Instagram são lotadas de compradores interessados e clientes satisfeitos. Ao ler os comentários e as legendas, eu aprendi que ele:

1) Mora em Atlanta, Georgia;
2) Envia pelo USPS, algumas vezes FedEx;
3) Fornece os números de rastreamento de entrega;
4) Envia para o Canadá numa boa;
5) Também vende garrafas vazias, caso você queira vender uma versão batizada.

Tudo isso me pareceu muito público para ser verdade, então mandei uma mensagem para o número fornecido - porque não? O código da área era do centro de Iowa, então com certeza era um celular descartável.

É um encontro!

As 2:45 da manhã, eu enviei a mensagem "Ae bro to em VA". Dois minutos depois, ele respondeu "Ok a gente envia amanhã parça" Esperei até o dia seguinte pra ver se o negócio era sério. A oferta ainda tava de pé: Uma garrafa por 350 ou duas por 500, 100 a menos do que dizia na sua bio. "Só preciso te pagar pelo PayPal e mandar o endereço?" mandei na mensagem.

Ele respondeu: "Fala comigo em uma semana ou mais se for com PayPal bro. Eu to tentando pegar uma grana que ta parada la. Só to usando green dot enquanto isso nao se resolve". Eu não respondi.

Green Dot é um sistema de cartão de débito pré-pago que usa smartphones e um código com 14 digitos. Como Xerox e Kleenex, Green Dot é o sinônimo de transações rápidas, anônimas e sem uso de dinheiro vivo. Pode ser comprado em qualquer loja de conveniência e não tem o suporte de nenhuma conta bancária ou linha de crédito. Uma vez que você tem o código, o crédito pode ser inserido na sua conta de várias formas irrastreáveis. Uma investigação recente na Baltimore City Jail revelou que um detento conseguiu fazer 16 mil dólares em um mês usando Green Dot. Enquanto ainda estava preso.

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A parte boa é que o nosso amigo traficante deletou sua conta no Instagram, e com isso as ameaças também foram apagadas. É comum os traficantes mudarem o nome de usuário pra evitarem ser rastreados. Se você precisa encontrar um, entretanto, sempre existem as hashtags. Passeando por algumas como #leanteam, #dirtysprite, #pourup e etc., encontrei uma galáxia em expansão desse tipo de rolê. Visitei não menos que 200 outras contas. Acabei de passar por mais algumas, de tão repetitivas que são. Algumas são claramente fakes, outras nem tanto, e das que são reais, nem todas são escondidas do público.

Dentro desse atordoante número de contas, encontrei uma que me chamou a atenção. Esse cara se destacava por duas razões. Primeiro, ele é bonito pra caralho (se liga no tanquinho na foto abaixo) e incrivelmente sociável. Ao contrário da maioria dos traficas, ele está sempre cercado de mulheres lindas e caras tão bonitos quanto. Ele não tem nada daquela ameaça que você geralmente espera, parecendo mais um brother em um eterno Spring Break.

A segunda razão é que ele revelava seus contatos.

Fotos de caixas de papeleão. Muitas delas. Todas com garrafas de prometh-codeína, dúzias e dúzias, todas autenticadas com data e nome de usuário.

Mas as caixas são ainda mais interessantes que o seu conteúdo: garrafas em lacres fechados com as marcas dos produtores, revendedores, distribuidores e até o fabricante das garrafas.

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Algumas caixas são da Morton Grove Pharmaceuticals, uma empresa pequena de Illinois que produz remédios genéricos. Outras são da Tri State Distribution, empresa que fabrica as garrafas. Outras trazem o logo da McKesson, distribuidora de farmacêuticos e 14ª maior empresa dos Estados Unidos. Outras ainda carregam o selo da Rexam PLC, empresa britânica de embalagens que possui 70 fábricas em 25 países em cinco continentes.

Diversas ligações do Noisey para a Morton Grove e a Wockhardt Limited, empresa que controla a Morton, foram ignoradas. Ao ligar no número principal da Morton Grove, o telefone toca até te enviar para a caixa de mensagens de voz.

Em julho desse ano, a empresa dona da Morton Grove, Wockhardt Ltd., recebeu uma carta de alerta público da FDA, que descobriram, entre outras infrações:

"Sua empresa falhou em produzir registros de controle para cada lote de medicamento, o que inclui a documentação da realização de cada passo importante na produção, processamento, embalagem, e armazenagem do produto."

O FDA também encontrou "violações significativas dos atuais regulamentos de boas práticas na fabricação de produtos farmacêuticos", e "registrou que sua empresa reteve informações verdadeiras, atrasando e limitando a inspeção [do FDA]."

Eu só posso descrever minhas interações com a Tri State Distribution como bizarras. O website deles direciona qualquer solicitação para um número 1-800. Já que não sou cliente, o sistema automatizado me disse para discar "0", me direcionando para o departamento de vendas. Na minha primeira tentativa, uma representante me falou que não estava autorizada a repassar minhas ligações para mais ninguém na empresa. Suas instruções eram repassar todos os pedidos para a caixa postal. "Isso não é meio estranho?" eu perguntei. Ela hesitou e disse sim. "Mas se você aguardar só um momento, eu te passo o número do Recursos Humanos. O expediente já acabou, mas você pode tentar de novo pela manhã."

Quando eu liguei na manhã seguinte, percebi que o número passado era da Home Shopping Network (canal de tele-vendas).

Minhas outras ligações para a Tri State tiveram o mesmo rumo - uma atendente animada e tagarela me põe em espera, pra voltar à linha quieta e curta. Ela me disse "Não sei onde onde as pessoas estão. Ninguém aqui pode te ajudar." E desligou. Várias ligações do Noisey para o presidente da Tri State, Joe Miceli não tiveram retorno.

Jonathan Thornton, diretor de comunicação na Rexam PLC, escreveu: "Só posso assumir que esses roubos as quais você se refere só poderiam acontecer mais a frente na cadeia de abastecimento, ou seja, após elas terem sido preenchidas. Rexam só fornece embalagens vazias. As embalagens são então usadas por nossos clientes, ou a empresa contratada para abastecer em seus respectivos locais. Nós não fornecemos embalagens preenchidas."

Ligações e e-mails do Noisey para a McKesson não tiveram retorno.

Essas empresas podem não estar a fim de falar, mas as imagens não enganam. Caixas e caixas desse material estão sendo extraviadas e revendidas. Não são blocos de prescrições falsas ou garrafas meio-vazias roubadas da farmácia da mamãe. Muito xarope de prometazina-codeína está sumindo. E está se espalhando para outros lugares.

Fletcher Babb é um escritor freelancer.

Eric Sundermann and Drew Millard são editores do Noisey USA.

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