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Até o secretário de Educação do Doria não gostou da visita do Holiday às escolas públicas

Vereador aliado do prefeito Doria e líder do Movimento Brasil Livre (MBL) quis verificar se há doutrinação de alunos em escolas públicas. Professores e secretário da Educação reagem contra ação do político.

Imagem: Reprodução/Facebook.

Na tarde da última segunda-feira (3), com ar de surpresa, o vereador Fernando Holiday (DEM/MBL) decidiu "comparecer de surpresa" em duas escolas da rede de ensino público municipal de São Paulo para verificar se os colégios e seus funcionários estariam, ou não, doutrinando os alunos.

No vídeo divulgado em sua página, o vereador aparece em frente à escola municipal Constelação do Índio, no Jardim Campinas, e conta que a visita é uma resposta às denúncias de pais que informaram que professores estariam fazendo propaganda partidária dentro da sala de aula ou induzindo os alunos a aderirem a esta ou aquela bandeira.

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O vereador comenta que continuará as visitas surpresas em escolas de todas as zonas da cidade e disse que agiu baseado na lei orgânica do município de São Paulo que dá aos vereadores o papel de fiscalizar os atos do Poder Executivo.

Ainda assim, a visita surpresa do vereador foi vista por outros políticos como coação. O atual secretário da Educação Alexandre Schneider, por exemplo, declarou em sua página pessoal do Facebook que "o vereador exarcebou suas funções" e que ele "não pode usar de seu mandato para intimidar professores", como noticiado pela Radioagência Nacional.

O vereador Claudio Fonseca (PPS), também presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo, disse à Folha de S. Paulo que não é competência do vereador fiscalizar o conteúdo das aulas. "Não é competência do vereador, não é seu direito exercer papel de polícia. Nós temos uma escola plural". O PSOL prometeu entrar com uma representação contra Holiday, no Ministério Público de São Paulo, por abuso de autoridade.

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