Desde o início da coligação em 2010, a precariedade alimentar na Grã-Bretanha tem aumentado drasticamente. Para os que continuam a lutar para sobreviver devido a baixos rendimentos, ou salários em atraso, os bancos alimentares são mais do que uma ajuda - são um modo de vida. Estas instituições têm funcionado também como um dos pontos chave para as próximas eleições.E não é difícil perceber porquê. Ano após ano, o número de pessoas que recorrem aos bancos alimentares não pára de crescer. Não existem números oficiais, mas a Trussell Trust, que gere mais de 430 bancos alimentares no Reino Unido e é a única fonte fiável com dados da última década, aponta para 913.138 pessoas que receberam alimentos no ano passado - com um aumento anual de aproximadamente 300%.Deslocamo-nos até Newcastle para perceber como funciona um dos bancos alimentares mais movimentados da Grã-Bretanha, onde mais de 1000 pessoas vão buscar comida todas as semanas. Conhecemos voluntários dedicados e residentes que dizem que a pobreza já é parte do seu quotidiano mesmo depois da queda da indústria e anos de austeridade. E numa situação como esta o sistema irá falhar, inevitavelmente.Citação da Trussell Trust:"O banco alimentar de Newcastle West End está a trabalhar para conseguir dar resposta a um número elevadíssimo de pedidos de ajuda, em que muita muita gente luta para conseguir oferecer uma alimentação regular à sua família. A situação local mostra que, na altura em que o documentário foi filmado, o banco alimentar não estava a funcionar segundo os moldes da Trussell Trust. Temos realizado, recentemente, vários acordos que visam um novo sistema que possa ir de encontro a esta situação e ajudar a população a resistir e ultrapassar a crise eminente".