Amor e esperança numa vigília em memória das vítimas de Orlando

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Amor e esperança numa vigília em memória das vítimas de Orlando

No rescaldo da tragédia de Domingo na Florida, centenas de pessoas juntaram-se em frente a um dos locais mais icónicos para a comunidade LGBT norte-americana para prestarem homenagem às vítimas.

Foto por Ryan Duffin

Este artigo foi originalmente publicado na VICE USA.

Depois do mais grave tiroteio na história dos Estados unidos da América ter atingido o clube nocturno Pulse, em Orlando, na madrugada de Domingo, as comunidades LGBT e muitos outros cidadãos em todo o Mundo levaram a cabo vigílias em memória das vítimas.

Em Nova Iorque, centenas de pessoas reuniram-se em frente ao Stonewall Inn, talvez o mais conhecido ponto de referência norte-americano na história do movimento gay e ainda hoje central na vida da comunidade LGBT em Greenwich Village.

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Os fotógrafos Ryan Duffin e Kaz Senju estiveram no local e depois enviaram-nos algumas fotos e o seu testemunho pessoal sobre o que viram:

Ryan Duffin:

Estava à espera de chegar ao Stonewall e sentir-me esmagado por uma parede de desgosto e tristeza. Havia um imenso desespero pelas vítimas e pelas suas famílias. Havia raiva e confusão. Sentiam-se emoções no ar que simplesmente não podiam ser qualificadas por palavras. Mas, sobretudo, havia um incrível manto de amor. A multidão gritava "Less hate!" [Menos ódio!] e a esse grito respondia-se com um ensurdecedor "More love!" [Mais amor!]. Amigos e casais abraçavam-se uns aos outros. Vi cartazes com as inscrições "We Are Orlando", "Still Here, Still Queer" e "Love Is The Answer". Esta comunidade reconheceu o poder da camaradagem e a importância do amor ao enfrentar a tragédia.

A vigília uniu membros mais jovens e aliados da comunidade, aos activistas mais antigos. "O Pulse não era apenas um clube gay, era um local de solidariedade", disse-me um homem sentado nos degraus do Stonewall. E acrescentou: "Eu aprendi a ser eu próprio num clube gay. Foi num destes locais que eu primeiro vi pessoas que se pareciam comigo. Um bar gay começou uma revolução".

Foto por Kaz Senju

Kaz Senju:

O pai do atirador disse à comunicação social que o ataque levado a cabo pelo seu filho poderá ter sido "activado" pelo facto de ter visto dois homens a beijarem-se. O beijo é um sinal de amor, não de ódio e as pessoas não deveriam viver com medo. As minhas fotos retratam casais queer a beijarem-se durante a vigília.

Vê mais fotos abaixo:

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Ryan Duffin

Ryan Duffin

Ryan Duffin

Ryan Duffin

Kaz Senju

Ryan Duffin

Ryan Duffin

Kaz Senju

Ryan Duffin

Ryan Duffin

Ryan Duffin

Kaz Senju

Ryan Duffin

Kaz Senju

Ryan Duffin

Ryan Duffin

Kaz Senju

Ryan Duffin

Ryan Duffin

Kaz Senju

Ryan Duffin

Ryan Duffin

Ryan Duffin

Kaz Senju

Ryan Duffin

Ryan Duffin

Ryan Duffin

Kaz Senju

Ryan Duffin

Kaz Senju

Ryan Duffin