Na tarde desta quinta (1), o jornal O Globo publicou a entrevista completa com o ex-policial militar Orlando de Oliveira Araújo, mais conhecido como Orlando da Curicica. que está preso em Mossoró (RN), no presídio de segurança máxima. De lá, o suspeito pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, respondeu a 15 perguntas enviada pelo jornal, sob autorização do juiz-corregedor do presídio.
Curicica conta que se depender da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o crime não será resolvido. Na carta, o ex-PM indica que integrantes da corporação teriam montado uma rede de proteção de agentes da contravenção, que estariam envolvidos em assassinatos. Até o chefe de Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa estaria ciente dessa rede. Curicica já tinha feito essa denúncia em depoimento que parou até na Procuradoria-Geral da República para ser analisado.
Curicica acusa a Delegacia de Homicídios (DH-RIO) de coagi-lo para assumir o crime, que lhe foi oferecido um possível "perdão judicial", caso denunciasse o vereador Marcelo Siciliano (PHS-RJ), acusado como suspeito do crime em abril deste ano. O ex-PM também fala que a execução de Marielle era para prejudicar seu parceiro na política, Marcelo Freixo (PSOL), deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro.
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Na última quarta (31), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge solicitou ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que a Polícia Federal (PF) investigue as suspeitas sobre a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em relação a suspeita de uma organização criminosa envolvida no crime. Nesta quinta-feira (1), Jungmann anunciou que a PF irá apurar a suposta existência do grupo criminoso no caso.
Assista ao nosso documentário 'Marielle, Presente!'
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