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Alienígenas

Pessoas numa conferência de OVNIs nos contaram seus encontros alienígenas

“Minha primeira experiência de abdução foi no útero, porque minha mãe foi abduzida.”
Todas as fotos pelo autor.

O dia 16 de dezembro de 2017 é uma data importante para quem acredita em OVNIs e no paranormal. Naquele dia, o New York Times publicou a matéria “Auras Brilhantes e 'Dinheiro Negro': O Misterioso Programa U.F.O do Pentágono”, que apresentava um vídeo feito por uma câmera de um F/A-18 Super Hornet da marinha americana, mostrando um objeto desconhecido. Apesar de ter menos de um minuto, o vídeo e a uma matéria que o acompanhava detalhando o antes secreto Programa de Identificação de Ameaça Aeroespacial validou a antiga crença do pessoal das comunidades de OVNIs e alienígenas, e fez essas pessoas se sentirem menos marginalizado. Finalmente elas podiam dizer com orgulho: “Não estamos sozinhos”.

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No sexto evento Contact in the Desert, a “maior conferência de OVNIs do mundo” e o primeiro desde que o vídeo foi divulgado, a matéria do New York Times foi muito discutida, tanto entre os participantes da convenção quanto pelos os palestrantes que falaram sobre o inexplicável e o desconhecido. Do avô da Ufologia Erich von Däniken aos participantes de primeira viagem, a excitação era palpável sobre o que isso tudo significa e o que virá agora. “É a primeira fissura na matrix da verdade”, disse a jornalista investigativa especializada em extraterrestres Linda Moulton Howe, no último painel do Contact no final de semana. “Esta é a era pré-revelação.”

Com isso em mente, a VICE foi pra Contact falar com o pessoal que acredita em OVNIs. Abaixo as pessoas nos contaram suas experiências pessoais com extraterrestres.

Joan of Angels
Palm Springs, Califórnia

Quando eu morava no Arizona, estávamos investigando locais de queda, e no quintal da casa do meu amigo, havia essas luzes vermelhas e amarelas aparecendo três vezes por semana. Elas chegavam perto, se afastavam, subiam e desciam, e nós reparamos que não tínhamos lembranças de certos períodos de tempo. Lá fica a UFO Highway — é assim que chamam, onde eles aparecem regularmente. Essa foi uma das minhas experiências. Tive uma experiência onde eles entraram no meu quarto. Acordei e vi esses seres. Eles não eram assustadores. Pensei “Uau, isso é muito legal!” Eles usavam capas de um tecido prateado brilhante. Eles não falaram; eles estavam flutuando acima do chão. Eles ficaram circulando. Acordei mais tarde, saí de casa, vi a nave, voltei para dentro, e eles ainda estavam ao meu redor. Sério, foi um encontro lindo.

Austin de Desert Hot Springs

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Austin
Desert Hot Springs, Califórnia

Morei na área de Palm Springs minha vida toda — 23. Anos, não vidas. Mas talvez isso também. Já vi coisas inexplicáveis no céu que eu perguntava para os meus pais o que era, e eles diziam que era um avião ou algo assim — uma estrela, um satélite. As coisas que vejo são lindos globos perfeitos. E eu adoro prata; é isso que uso nas minhas joias. Então é muito incrível ver globos prateados voando no céu, o que me inspira a criar essas joias de prata. Sempre que olho pra cima, eles estão lá. Aí desaparecem.

Rocky
Oakland, Califórnia

Me interesso por OVNIs, extraterrestres, espaço, o paranormal, outros mundos, e as possibilidades e lugares que podem ser diferentes. Essa é a terceira vez que venho para a Contact in the Desert, me interesso por esse tipo de coisa desde que era criança, quando vi o filme de Erich von Däniken Chariots of the Gods na TV uma manhã. Gosto muito dessa história, os contatos dos anos 50. É parte da minha missão libertar o planeta. Parte disso é liberdade do corpo, a forma mais básica e inerente de liberdade. É dela que vêm todas as outras liberdades. Quero mostrar a ideia de que há planetas que são mais abertos e positivos com os corpos, e sociedades alternativas. Também gosto de visuais diferentes. Prata é uma boa cor. Brilho também. Porque, pelo menos neste planeta, não há brilhos suficientes na natureza. Encontre o que você puder para se expressar.

Noah de Indio. Instagram: @tiedye_queen

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Noah
Indio, Califórnia

Meu primeiro Contact in the Desert foi em Joshua Tree, e olhei para o céu. Eu não estava fumando, não maconha. Mas olhei para o céu com minha visão 20/20 e vi coisas que nunca tinha visto antes. Em Joshua Tree não há poluição luminosa — você consegue ver toda a Via Láctea. Vi objetos passando, voando suavemente, aí do nada eles viravam 90 graus, e eu pensei “OK, tem alguma coisa lá fora”. É literalmente uma estrada para essas coisas espaciais. E também vi, acho, algo viajando muito rápido. Aquilo estava se teletransportando no tempo e no espaço, deixando uma trilha rosa e azul. Ele aparecia, voava, desaparecia, aparecia, voava, desaparecia. Dava pra ver onde ele passava pela dobra. Onde não há poluição de luz, você vê a rede da nossa atmosfera. É uma coisa viva que está acima de nós. E se consegue ver além do véu, você vê outras redes em todas as estrelas, e é como uma rede que nos sustenta. Estamos todos nessa rede de gravidade. É muito louco. Mas eles estavam passando através disso, e foi a primeira vez que vi o céu tão ativo – havia muito movimento. Desde então eu acredito, porque eles sabem que estamos falando deles, e não vão mais se esconder. Eles estão aqui.

Fabian de Las Vegas

Fabian
Las Vegas, Nevada

Com as minhas habilidades, habilidades psíquicas, recebo muitas mensagens. Sou um canalizador. Esse é o meu dom. E com ele recebo muitas comunicações, e algumas são extraterrestres, sei com certeza. Em se tratando de interação real, e abdução, nunca aconteceu comigo. Para mim é uma experiência mais espiritual nesta vida agora. Sou um canalizador há três anos. Eu nem pretendia ser; só aceitei. E agora é só uma responsabilidade, preciso usar isso por uma razão. Sempre estive numa busca e sempre tive sede de espiritualidade, mesmo antes de descobrir que eu psíquico. Somos criaturas belas e divinas, e nossa orientação original tinha intenções mais elevadas, e precisamos voltar pra isso, cara. E essa transformação é uma parte linda dessa alquimia. Estamos retornando para os nossos eus mais elevados, e já era hora. Tem sofrimento demais neste mundo.

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Jasminex
Los Angeles, Califórnia

Sempre vejo OVNIs e coisas dessa natureza no céu. E aí você vê esses lançamentos de míssil, e pensa isso é um alienígena, é um teste de mísseis, que porra é essa? É um OVNI; não é identificado.

Rev. John

Rev. John
“Atualmente moro no omniverso em várias dimensões simultaneamente, mas na terceira dimensão moro em Orlando, Flórida, perto da Disney World.”

Minha primeira experiência de abdução aconteceu no útero, porque minha mãe foi abduzida. Era 1968, fomos abduzidos por Anunnaki, e eles acrescentaram DNA em mim e incubei dentro da minha mãe por mais de dez meses, o que é inédito. Hoje eles induziriam o parto; eles não vão te deixar passar mais cinco semanas. Eles não deixam isso acontecer. Há razões de saúde envolvidas. Mas o que descobri na terapia de regressão por hipnose é que eu precisava cozinhar neurologicamente mais tempo por causa do que eles acrescentaram em mim. Agora sou parte da linhagem Anunnaki.

Adrian de Boise

Adrian
Boise, Idaho

Quando eu tinha 13 anos, no Halloween, vi essa coisa laranja no formato de uma ferradura. Era mais denso por fora e mais iridescente no meio. Estava voando por cima de mim, e eu sabia que era uma espaçonave. E sei, sem sobra de dúvida, que aquela era uma frequência local — tipo, não olhei para aquilo e pensei “Uau, o que é isso?”, mais “Ah, está aqui”. Disso começou uma sequência, e agora eles colocam pessoas no meu campo que são meio humanas, meio alienígenas.

Joey de Boston. Instagram: @paranormalhood

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Joey
Boston, Massachusetts

Tive um aneurisma em 2006, morri, voltei e comecei o paranormalhood. Tive a experiência mais profunda da minha vida. Tive uma experiência de quase morte, voltei, e isso me mudou. Vi pessoas que morreram há muito tempo e não falei com elas, mas elas basicamente me disseram que ia ficar tudo bem. Quando voltei, isso me fez começar a questionar tudo, porque foi um milagre médico, como meu neurologista disse. Eu não deveria ter me recuperado 100%, mas me recuperei. Isso me fez questionar as coisas. Me fez entender que tudo é paranormal. São coisas que estão além da nossa compreensão e explicação. Temos nossos cientistas, nossos médicos, e tem coisas que eles sabem, mas necessariamente 100%? Eles te dão as coisas de maneira muito linear, mas é só um pequeno pedaço do universo, então talvez o jeito como eles veem as coisas não seja certo. E falando com profissionais de saúde, eles desacreditam o que passei. Eles basicamente me fizeram sentir que estava louco. Sou guarda-costas, e uma noite numa turnê, entrei num posto de gasolina e ouvi [o programa de rádio] Coast to Coast AM, e percebi que havia essa comunidade incrível de pessoas como eu, e que eu não era louco, e me conectei com essa comunidade. Há uma ligação entre tudo: seres humanos, vida, morte. Tento juntar tudo isso peça por peça. Tudo se encaixa. Depois da experiência de quase morte, comecei a pensar sobre fantasmas e alienígenas, e coisas fora do reino do que você pensa normalmente. Isso abriu um outro mundo, de uma coisa para a outra, e estou tentando explorar tudo.

Paul de West Hollywood

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Paul
West Hollywood, Califórnia

Sou mais um sensitivo, então vejo coisas, em sombras. Tenho uma sensibilidade para ver coisas e sentir que elas estão ali. Então vejo muitas coisas. E sinto muitas coisas. Quase como se houvesse outra dimensão ao nosso redor. Então essa é tipo a minha experiência.

Linda, atualmente viajando

Linda
Atualmente viajando

Vejo coisas o tempo todo. Vejo naves. As vejo em plena luz do dia. Sempre pisco para elas, tipo “Estou te vendo”. Tive algumas experiências interessantes neste evento. Vi — vou chamá-las de caminhantes do tempo, pessoas que estão entre dimensões. Vejo algo — quase como metamorfos — alguém atrás de mim, mas quando me viro, não tem ninguém lá. As vejo pela minha visão periférica, mas olhando diretamente, a pessoa não está mais lá. Isso está acontecendo muito aqui. A energia aqui é amplificada. É uma oportunidade para conversar e se sentir apoiado. É uma comunidade.

Alan de NYC

Alan
Nova York, Nova York

Em 1987, eu estava dirigindo por uma estrada rural com uma namorada, indo do Oregon para a Costa Leste. Estávamos no leste de Nebraska — North Platte, Nebraska. Estávamos muito cansados — dirigindo a umas 12 horas — então paramos na beira da estrada. Geralmente a gente aproveitaria para namorar, mas acabamos desmaiando. Quando acordamos na manhã seguinte, era como se tivéssemos congelado no lugar. Estávamos congelados. E acho que três dias depois, eu estava em Nova York, numa piscina, e minha mãe disse “O que é essa marca atrás da sua perna?” E bem atrás do meu joelho tinha essas quatro pontas. Eu nunca imaginaria, e não estava pensando em OVNIs. Achei que era picada de aranha. Mas era estranho. E na minha família, minha mãe e minha avó tiveram experiências com abdução; isso eu descobri depois. Mas minha mãe sempre teve medo de gatos. Tipo uma fobia. E eu perguntava pra ela “Qual o seu problema com gatos?” E ela dizia “Bom, são os olhos!” No ano seguinte, eu estava na casa dos meus pais. No meio da noite, acordei, alguma coisa estava pinicando do lado da minha perna. Senti essa coisa peluda me pinicar três vezes. Era grande, mas foi ficando cada vez menor. Eu estava num estado de sonho, e essas criaturas colocaram essa pequena criatura na minha mão. Parecia um cervo. Grandes olhos negros. Não vi quem essas criaturas estavam colocando na minha mão, mas pensei “Isso é estranho”. Não há conexão – algumas pessoas dizem que é seu filho alienígena ou algo assim, mas foi a coisa mais estranha. Segurei aquela coisa por um segundo, depois voltei a dormir. Achei que era um cervo, mas depois de ler sobre o assunto, descobri que era um híbrido da minha genética e da desses ETs. Sou obcecado com essa coisa toda. Como você vive em dois mundos onde as pessoas estão tendo essas experiências e o resto do mundo diz “Não, impossível!” Quer dizer, é um mundo esquizofrênico.

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