Chegámos à segunda sessão do 5.ª à Avenida, desde o seu intervalo de Agosto, a Cutty Cocktails tem para ti a oportunidade de um tempo bem passado a ouvir música escolhida a dedo pelos nossos convidados e a saborear as bebidas preparadas com uma pinta à altura da ocasião. Já sabes: a animação decorre nos Quiosques da Liberdade (desta vez na Hotdog Lovers) entre as 19 horas e as 2 da manhã. Vem (re)descobrir os cocktails que temos disponíveis para ti.
E para esta semana nos mostrarem que a quinta é a nova sexta-feira contamos com Mariana Duarte Silva (directora da Madame Management e manda-chuva do Village Underground) e Hugo Moutinho (aka Mr. Mitsuhirato). Os dois vivem rodeados de música e partilharão algum desse entusiasmo em cada malha quente que rodar no sistema de som. Não faltará a dose certa de canções capazes de melhorar o vosso tempo de esplanada. Venham daí refrescar a semana e prolongar o Verão no 5.ª à Avenida, mas antes disso aí ficam umas dicas dos nossos anfitriões.
VICE: Quão importante é a descoberta do passado para os músicos de hoje?
Mariana Duarte Silva: É importante ter-se “mundo” e história do que aconteceu, mas sincermente acho que o que é preciso é inventar-se coisas novas. “Rebentar” com o passado também pode ser importante.
Como Madame, houve alguma banda que te tenha marcado especialmente?
Tive a felicidade de só trabalhar com bandas de que gosto. A primeira vez que vi Macacos do Chinês ao vivo em Londres, em 2007, bateu-me forte. Fora do contexto professional, marcaram-me os Basement Jaxx em 2009 em Ibiza e os The Police no Hyde Park no mesmo ano.
Que tipo de música vais mostrar-nos no 5.a à Avenida?
É uma estreia minha. Podem contar com hip-hop old school e R&B das girls bands dos anos 90 e early 2000. Let’s see…
VICE: Olá, Hugo. Enquanto Mr. Mitsuhirato, não recebes por vezes e-mails equivocados do Japão com ofertas de negócio ou a lembrar-te de que deves pagar a pensão de alimentos?
Hugo Moutinho: Recebo umas quantas oportunidades de negócio em que o dinheiro é fácil e o risco mínimo. Também sou taggado em fotos de crianças, mas juro que não sou o pai! Também há quem diga que pertenço à máfia japonesa, mas ainda ninguém o conseguiu provar.
Sabemos que te passam montes de discos pelas mãos. Existe alguma característica que te dificulte realmente a tarefa de largares um disco?
Um disco pode captar a minha atenção de muitas maneiras. Seja o artista, a capa, o produtor… mas o que realmente me faz não largar esse disco é gostar do conteúdo. Não tenho discos apenas para engordar a minha colecção, só guardo o que gosto. Seja para ouvir em casa ou para passar nos sets.
Descreve por favor a fotografia familiar em que apareces pela primeira vez com um disco nas mãos.
Não existe uma foto a retratar esse momento mas sim uma série de imagens na minha cabeça em que estou a ouvir os singles dos Beatles dos meus pais e a fingir que estou a tocar guitarra… com uma raquete!
Como te vais preparar para esta sessão de Cutty Cocktails? Tens algum tipo de ritual antes de começar o set?
Antes de cada set preciso de algum tempo para escolher o que vou passar nessa noite porque consoante o clube alguns discos são diferentes. Da mesma forma há uns quantos que nunca deixo em casa, independentemente do que vou fazer. No 5.ª à Avenida o ritual não será diferente.