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comportamento

Histórias bem zoadas de relacionamentos hétero

Pessoas contam causos que são tudo, menos românticos.
Cena da série Love (Netflix)

"Não tá fácil ser hétero", foi uma das primeiras coisas que escutei quando me lancei a campo em busca de relatos para esta matéria. É sério, apareceu um monte de pessoas reclamando que os relacionamentos homem-mulher andam sendo os mais difíceis de fazer dar certo.

Base científica para tal conclusão, deve até existir. Mas longe de tentar traçar um estudo sobre o caso, apenas juntei histórias que retratam como podem ser atrapalhadas essas interações.

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Foi engraçado perceber que, por incrível que pareça, muitas vezes são os contextos mais esdrúxulos de um encontro tortuoso que unem os casais.

Então é isso, nem adianta idealizar as coisas. Algumas dessas histórias são tudo, menos românticas.

Ladrão de corações

“Fiquei com um cara por cinco dias, quando estava de férias no Rio de Janeiro. Nos conhecemos tão logo cheguei à cidade. Adicionamos um ao outro no 'whats' e nos encontrávamos diariamente na praia. No último dia, ele me assaltou. Foi assim: entreguei a carteira pro cara para que ele fosse comprar uma água de coco, só que o cara nunca mais voltou. Fiquei sentada com a minha irmã e uns amigos esperando… Além de ter sumido com a carteira, ele ainda me bloqueou no ‘whats’.”

– Thaisa, 20 anos

Unidas pelo crossfit

“Eu namorei durante um período super curto com um boy que terminou comigo basicamente por causa do crossfit. Ele não podia nem faltar no treino pra dormir comigo depois de eu ter tido um dia muito bad de trampo. No dia seguinte ao que terminei com ele, veio uma menina ver meu quarto, que estava pra alugar. A gente se amou, ia super rolar, e fomos na Roosevelt beber, pra ver ser eu me animava. Chegando lá, ele estava no lugar. Os dois se conheciam, e ela era a peguete em quem ele tinha dado o perdido pra fica comigo. Fui descobrir isso uma semana depois, quando já tinha desabafado tudo dele com ela (risos). No final, não moramos juntas e viramos amigas (risos). Tem cenas muito mais fortes, mas tentei resumir.”

Bia, 27 anos

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"Passei um tempo da minha vida vomitando depois da primeira vez com as minas." (Ilan)

Ajudante de ex

“O boy me chamou pra sair, e fomos à pizzaria. Ele não parava de mexer no celular. Como eu estava de boa, comendo, nem me importei. De repente, ele vira pra mim e fala: ‘Tenho que ir, minha ex está precisando da minha ajuda.’ Eu respondi: ‘Tudo bem, já fiz o que eu queria mesmo, comer!’.”

Luciene, 29 anos

Gorfando sem parar

“Quando jovem, eu era timidão, então bebia pra ficar mais calmo. Acaba que passei um tempo da minha vida vomitando depois da primeira vez com as minas. Às vezes, antes de terminar, eu corria pro banheiro do nada mesmo, tipo ‘desculpa, gulp!’, mas nunca vomitei na mina. Mas é, eu era MUITO tímido, tinha confiança zero… e acabava bebendo demais. Tipo, noite inteira olhando pra mulher, ela me olhando… e eu zero de approach, daí bebia… pacas… Depois de vomitar, enxaguava a boca com pasta de dente, porque geralmente era na casa da mina, ou no motel. É, acho que o pior é que na época não tinha lei seca, né? Hoje em dia, olho pra trás e penso ‘Caralho, olha a merda de toda semana beber e dirigir’."

Ilan, 30 anos

'Luke, I’m your father!'

“Eu estava ficando com um garoto. Daí, enquanto a gente se beijava, de repente ele desceu o rosto, abaixando, colocou a cara entre os meus peitos e fez a voz do Darth Vader. Lembro ainda de ele me perguntar, incrédulo, porque ninguém nunca tinha feito aquilo antes!”

Suzanne, 19 anos

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‘Ôh loco, meo!’

“Um dia, estava com a minha mina do motel, eu imitei o Faustão, ela ficou puta e foi dormir. Uma parte importante: quando ela foi me chupar que eu imitei o Faustão, lancei um ‘ESSA FERA AÍ, BICHO’. Não sei, eu uso os bordões do Faustão e do Choque de Cultura 24 horas por dia. Não me ocorreu nada, sei lá. Ela falou algo do tipo: ‘Você não fez isso’, ou, ‘Não pode ser’, e complementou com ‘Até perdi a vontade agora’. Não tentei reverter a situação, eu estava rindo muito porque ela ficou brava. Eu perguntei a ela se poderia contar essa história e ela disse: ‘Eu amo/odeio esse dia’."

‘Come meu cu’

“Teve uma outra, mas é menos engraçada. A gente viajou pra Monte Verde, rolêzinho de inverno pra casal, essas coisas. Teve uma hora que ela falou tipo ‘Vem cá que eu vou comer esse cu’, de zoeira. Eu respondi: “Agora vai ter que comer’. Ela respondeu algo como: ‘Sai, que nojo, nada a ver’. Aí eu fiquei gritando: "VEM COMER MEU CU AGORA! VAI LOGO, COME MEU CU!". Tudo normal até aí, afinal, na minha cabeça éramos os únicos hospedados naquele corredor. No dia seguinte, fui avisar o dono do hotel que tinha um carro parado na vaga do meu chalé. Ele perguntou: ‘É aquele carro grande? Ah, tudo bem, é o carro do pastor. Ele sempre vem aqui passar o fim de semana com a gente’.”

Renato, 25 anos

Pinto sujaço

Eu estava no rolê com umas amigas, aí chegaram uns conhecidos em comum. Nessas, colou um cara gatíssimo, gostosão, um italiano bem bonitão. Fiquei investindo nele durante um tempo e uma hora rolou. A gente se adicionou no Facebook, pá, trocamos ideia, combinamos de sair pela primeira vez. Tomamos uma breja e fomos pra minha casa. Daí eu fui chupar ele, tava ótimo, então desci um pouquinho e aí já era… Tinha um negócio ali… um totôzinho… Enfim, tudo bem, o cara era muito gostoso, muito bonito, acabei investindo de novo. Rolou mais uma vez. Ele foi pra minha casa de novo, conversamos, trepamos, e aí novamente teve o lance da badalhoca. Só que dessa vez eu fui chupar o pau dele e o totô estava no pau! [risos] Bem em cima! Na piroca! Depois disso, não rolou mais. Ele dormiu em casa, e no dia seguinte eu falei pra ele que tinha um compromisso. Desci com ele, falei pra ele ir embora, dei a volta no quarteirão e nunca mais troquei ideia.

Laís, 22 anos

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Arroto de despedida

“Fui deixar a garota em casa. Quando nos abraçamos se despedir, ela me apertou forte demais e eu acabei arrotando no ouvido dela.”

Igor, não revelou idade

Defensor dos animais

“O cara foi me buscar em casa. Eu devia ter uns 20 anos na época, o cara era mais velho e amigo do meu irmão, então eu tinha certeza de que daria tudo certo no date, de que seria seguro, né? Mas no caminho do restaurante, viramos numa rua e, à nossa esquerda, o idoso estava com uma vassoura agredindo o cachorro. Ele desceu do carro com o extintor de incêndio para ameaçar o idoso, não chegou a agredi-lo, mas batia enlouquecido com o extintor numa parede, aos gritos. A filha do senhor e os vizinhos ouviram os gritos, chamaram a polícia, veio a viatura e foi todo mundo pra delegacia. Ele tinha a esperança de que, chegando lá, o idoso se daria mal, mas que nada. Posteriormente ele ainda foi chamado para prestar esclarecimentos na Delegacia do Idoso. O cachorro, que era de rua, acabou sendo adotado por um colega nosso. A rua era pouco movimentada, e o cachorro frequentemente passeava por ali e mijava nos portões. Eu sempre fui muito defensora dos animais (risos), fui vegetariana por muitos anos, mas na hora eu buguei! Pensei: “Nossa, que daora, porém, coitado do idoso, sei lá, se já está com demência e não tem consciência do que está fazendo”. Eu fiquei dividida. Nós saímos mais algumas vezes, mas deu errado por outros motivos.”

– Letícia, 31 anos

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Frango assado

“A mais engraçada possível que ocorreu comigo foi a do ‘frango assado’, gíria usada popularmente para uma das posições sexuais – pode até ser engraçado, porém, real. Convidei uma garota pra sair, fomos ao shopping, lanchamos, assistimos um filme, e começou a rolar um clima, ali mesmo no cinema, no meio do filme. Começamos a nos beijar, e foi esquentando mais. Perguntei a ela se poderíamos ir a um local mais reservado. Ela me falou que sim, que poderíamos ir na casa da tia dela, que estava viajando! PS: ela morava com a tia! Aí fomos, e lá começamos a… (risos), vocês sabem! Quando perguntei a ela se ela gostava de ‘frango assado’, a mina meio que deu uma risadinha e falou: ‘Sim!’. Aí… fomos para o bendito ‘frango assado’, e a peguei na posição. Ela ficou assustada e surpresa! Foi superengraçado, tentei controlar ao máximo a risada. Ao término do ato, ela me contou que era virgem, e que não estava entendendo absolutamente nada daquilo, mas que ela tinha um pouco de noção! Na hora eu não fiquei surpreso, pois ela demonstrava que não tinha muita experiência. Enfim, foi a primeira vez dela, e fiquei feliz por ter sido o primeiro homem da vida dela. Sem contar que, depois de tudo, acabamos na risada. Envergonhados, porém, felizes! Hoje somos amigos e todas as vezes relembramos isso. Como sempre, caímos na risada!”

Ronne, 24 anos

Joselitando

“Hm, fui num date do Tinder uma vez e o cara estava com uma camiseta de um filme que ele nunca tinha visto, ficou super bêbado (eu não) e quis discutir aborto. Ele era contra. Uma vez fui num date do Tinder às 10 da manhã. Encontrei o cara, a gente tomou café e se beijou. Ele me chamou pra ir na casa dele trepar e cheirar pó. Eu disse que não, mas respeitei a coragem dele em perguntar. Num outro date, um cara ficou bêbado e disse que meus peitos eram muito pequenos.”

Maryan, 27 anos

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Um ano bad

“Conheci a mina na internet, num grupo do MSN Messenger, de galera com DDA… não lembro se era DDA ou bipolares [risos]. Conheci essa mina, do Maranhão, achei ela maior gata, a gente trocava ideia por webcam. Aí, do nada, ela disse que tinha comprado passagens e estava vindo pra São Paulo. Eu nem tinha convidado. E ela morava com um cara! Isso é o pior, o cara dormindo e ela na webcam. E quando ela chegou, era totalmente diferente, feia pra caralho… Quando a vi, já tomei aquele susto. Ela percebeu. Cumprimentei com beijo no rosto, ela brigou comigo. Aí ela quis saber onde ia ficar. Na época eu morava com a minha mãe ainda.
Eu achava que ela ia fazer um bate e volta. Nossa, foi muito ruim, ela era totalmente barraqueira. Acabei pagando um hotel pra ela ficar, e qualquer coisinha que acontecesse, ela já saía batendo as portas, fazendo escândalo no corredor. Resumindo: eu paguei uma semana pra ela ficar no hotel. Aí ela tirou várias fotos, voltou pro Maranhão, e chegando lá o namorado dela viu. Ele terminou com ela, que começou a me ligar. Caí na besteira e namorei. Ela ainda queria que eu fizesse o pedido. Fiquei um ano nessa pressão. Namorei com ela só pela culpa. Acabei indo pra lá, era uns barracos loucos, chegou a me expulsar de casa.
Cada fim de semana era um que ia na cidade do outro. Terminou um dia que ela me expulsou da casa dela, sei lá, deu um surto. Fui direto pro aeroporto, mas ela me buscou. Meio que fizemos as pazes e até fomos num show da Ana Carolina. Chegando em São Paulo, falei ‘Foda-se. Não dá, é muita loucura, muito bizarro, não quero mais’. Ela continuou ligando, eu desligava. Aí começou a ligar pra minha mãe. O foda foi eu ter sido dominado desse jeito. Foi a pior enrascada na qual eu me meti. E nesse show da Ana Carolina, eu ainda encontrei o ex dela, ele e os brothers vieram na minha direção e eu saí fora.”

Hermes, 31 anos

Gentileza gera gentileza

"Conheci um cara na balada, gostei dele e acabou que fomos pra casa dele. O cara foi super gente boa comigo, mó bonzinho e tal. Isso foi numa quinta, na sexta eu não precisaria trabalhar. Ele acordou cedo pra trabalhar e me disse que eu não precisava sair correndo, que podia tomar banho, pegar alguma coisa pra comer na geladeira… Me entregou a chave e disse pra eu trancar a porta e jogar a chave por debaixo na hora que fosse embora. Dormi mais um pouco, acordei, e resolvi escrever um bilhetinho pra ele, mó bonitinho, tipo ‘Obrigada por ser tão legal comigo, blábláblá’. Fui tomar banho, deu vontade de fazer cocô, mas não vi problema, já que estava sozinha na casa. Apertei a descarga, e o cocô não descia. Tentei de tudo, estava entupido… Dei baldada d’água e tal… Aí falei, ‘Não posso deixar esse cocô aqui’. Peguei uma sacola de plástico, botei o cocô lá e decidi levar comigo pra jogar no lixo na rua. Saí, tranquei, passei a chave por debaixo da porta. Quando pisei na calçada, ‘Cadê o cocô?!’ [risos]"

Erika, 30 anos