Nessa semana, a Microsoft anunciou que os próximos updates do Windows 10 não mais trarão o canivete suiço do mundo digital, o MS Paintbrush, que todos nós conhecemos pelo apelido íntimo de Paint. Foram 32 anos de serviços rápidos e eficazes prestados, seja para distrair aquele seu priminho na fase oral num churrasco (tática bastante comum entre os povos que viveram até o fim do séc. XX, antes do chegada da internet às massas), ou, em tempos recentes, para agilizar rapidamente um meme do Chapolin Sincero.
Os internautas deram um baita chilique (ou feedback negativo, como dizem por aí) com o anúncio de descontinuação da ferramenta, daí a Microsoft deu uma aliviada no impacto: o Paint continuará existindo, mas como um app, e não como parte essencial (ao lado do Bloco de Notas) para a integralidade ontológica do Windows. Mas, de qualquer forma, criou-se uma oportunidade para reverenciarmos a grandeza da importância que um utensílio tão aparentemente simples e ubíquo pode ter para o onipresente dichavador de sensações e experiências que é a cultura pop contemporânea.
Aproveitamos também o ensejo, tal qual nossos irmãos no Motherboard e na VICE Brasil, e convidamos três designers do mundão para homenagearmos o Paint utilizando a técnica que eu particularmente mais racho o bico com o resultado, dada a sua potencialidade criativa: recriar capas de discos. Amanda Jungles, Daniel W. e Flavio Oliveira (aliás, que saudades do Álbum de Rappers para Colorir) desenharam os seus álbuns favoritos dos últimos anos no Paint, e o resultado vai te surpreender. Ou não. Segue:
DANIEL W.
J Dilla - Donuts
Amanda Jungles
Freddie Gibbs & Madlib - Piñata
Full of Hell - Trumpeting Ecstasy
Rejjie Snow - Rejovich
Flavio Oliveira
Chance the Rapper - Coloring Book

Rihanna - ANTI
