Como funciona o monopólio trilionário da Amazon que muitos fingem não ver
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Como funciona o monopólio trilionário da Amazon que muitos fingem não ver

Ao produzir os mais variados produtos, atuar como varejista e controlar a infraestrutura de distribuição, a companhia não dá escolha a quem busca entrar no mercado de vendas online.

É comum pensar na Amazon como empresa de varejo. Esse é um erro compreensível, afinal, hoje a companhia vende mais roupas, eletrônicos, brinquedos e livros do que qualquer outra. Ano passado, as vendas da Amazon representaram quase metade do valor gasto por americanos em compras online. Até 2015, a maioria das aquisições pela internet começava com busca no Google. Hoje, grande parte dos consumidores vai direto para a Amazon.

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No entanto, descrever a Amazon como varejista é, além de uma interpretação errada de seu verdadeiro papel, uma forma de ignorar o fato de que a empresa é uma ameaça à própria ideia de um livre mercado.

Hoje a Amazon faz muito mais do que revender mercadorias — fabrica de camisas sociais a lenços umedecidos, produz filmes e séries de sucesso, faz entregas de comida, oferece empréstimos e, em breve, venderá remédios de tarja preta. Mas isso não é o suficiente. Jeff Bezos, presidente da Amazon, quer ir muito além: seu plano é transformar a Amazon na base invisível de nossa economia. O site da Amazon já é a maior plataforma de comércio digital do mundo. Seu departamento de Serviços Digitais, por exemplo, controla 44% da capacidade de computação em nuvem de todo o mundo, oferecendo seus serviços para empresas e instituições que vão desde a Netflix à CIA. Além disso, a empresa construiu, recentemente, uma ampla rede de distribuição que será responsável pela entrega de produtos da Amazon e de outras empresas.

As empresas que buscam entrar no mercado de vendas online não têm outra escolha senão seguir os passos da Amazon. Com o lançamento da Amazon Prime (serviço de vídeos em streaming) e da assistente digital Alexa, Bezos já convenceu uma série de gigantes, entre eles a General Eletrics e a Ford, a adotar a Amazon como fornecedor padrão. Hoje grande parte dos assinantes da Amazon Prime não compara preços antes de comprar produto. Isso forçou concorrentes de todos os portes — de grandes marcas como a Levi's e a KitchenAid a pequenos produtores, expoentes do comércio digital e lojas físicas independentes — a abandonar a ideia de alcançar seus consumidores diretamente. Em suma, hoje, muitos comerciantes dependem unicamente da Amazon para vender seus produtos.

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