Colma, uma necrópole californiana

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Colma, uma necrópole californiana

Mil mortos por cada humano vivo.

Colma é uma vilazinha a Sul de São Francisco, entre a cidade e o aeroporto. Estão aqui enterrados qualquer coisa como dois milhões de corpos, o que é uma enormidade para uma cidade de poucos quilómetros quadrados. Não que as pessoas de Colma percam muito tempo a pensar nisso. O lugar é basicamente uma necrópole, uma cidade dos mortos. E é incrivelmente fácil tropeçar em lápides, mesmo em frente a centros comerciais. As pessoas são simpáticas e falam sobre as suas mórbidas atracções locais de forma descomplexada. Referem-se aos cemitérios como "parques" e aos cadáveres como "vizinhos". E, claro, abundam as piadas sobre o sossego da vila. Colma, fundada em 1924, é o elo perdido entre o subúrbio americano e o filme de terror. Toda a economia local está virada para os mortos — e o negócio corre bem porque está sempre a morrer gente. A pequena vila serve de lar a 1800 pessoas vivas e a quase dois milhões de pessoas mortas, ou seja, há um ser humano a respirar por cada 1000 que estão debaixo de terra. Mas, fora isso, a vida em Colma é normal.

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