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Música

Conheça o Electronic Glitch Hop de Taurus Scott

O produtor de Los Angeles que toca em São Paulo neste sábado (6) nos conta que está em busca do som perfeito.

O jovem Taurus Scott começou a fazer música ainda moleque tocando bateria. O produtor de Los Angeles que curte demais a complexidade do jazz, também foi influenciado por pedradas do Metallica e do Rage Against the Machine e outro sem número de bandas e gêneros. Foi assim que Scott se formou produtor, caiu pra dentro da música eletrônica, juntando hip hop e outras paradas aos seus beats fazendo o que ele chama de Eletronic Glitch Hop. Seu trampo começou a ganhar reconhecimento depois que se tornou presença constante no rolê Low End Theory, um pico seminal em Los Angeles para a cena bass, por onde já passaram artistas do calibre do Flying Lotus. O lance é: Taurus Scott, manager da SMOG Records, uma label 10000% dedicada ao bass, se apresenta nesse sábado (6), em São Paulo, na SUBmission, o projeto que chega à sua 15º edição. Completam o time da naite, Bento e CESVR, os chegados da Beatwise Recordings. O bagulho vai ser doido. Algumas pistas do que irá rolar na festa, na entrevista que fizemos com Taurus:

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THUMP: Você sempre curtiu bass music e beats experimentais? O que te levou até esse universo?
Taurus Scott: Eu curto música desde quando era moleque, estava na quarta série e tocava bateria. Curtia muito tocar jazz. Até que meu amigo e lenda da cena dos beats Dibiase me apresentou ao Low End Theory em Los Angeles. Depois disso fiquei viciado. Daddy Kev, D- Styles, Gaslamp Killer, Dj Nobody, e Nocando… Amo esses caras por terem feito o Low End Theory ser o que é hoje em dia. É o lar de todos os caras que se amarram em beats.

Quando você começou a produzir e como foi isso? Qual era sua inspiração na época?
Comecei a produzir música quando tinha 14 anos de idade. O Timbaland, meu produtor favorito, foi minha inspiração. Ele mudou a cena com sua música. Ninguém fazia música como ele naquela época. Eu e meu amigo Phil comprávamos todos os discos do Timbaland assim que ele os lançava. Então quando comecei a fazer beats, me trancava no quarto e praticava sem parar até conseguir criar algo massa.

Até agora você já trabalhou com o G-UNIT, tocou com alguns artistas interessantes e é o manager da SMOG Records. Com todas essas experiências, qual foi uma das coisas mais importantes que você aprendeu e por quê?
É, eu tive uma longa jornada na indústria da música. Fui para vários lugares. Ao lado do G-Unit trabalhando com a Native Instruments e depois com o SMOG e Alpha Pup Records. A coisa mais importante que aprendi é que você tem que se reinventar e estar disposto a mudar. A maioria das pessoas segue uma linha só, se vê estagnada fazendo a mesma coisa sempre e começa a se questionar por que não podem seguir em frente. Requer muito trabalho e dedicação. A música está sempre mudando e você precisa se atualizar.

Você desenvolveu grande parte do seu material de trabalho usando o software Maschine, e também trabalhou para a Native Instruments por um tempo. Quais características você busca num equipamento? Você tem alguma espécie de técnica de preferência para produzir novas músicas?
Hoje em dia só estou em busca do som perfeito, não importa de onde ele vem. Ainda uso o Maschine para algumas coisas mas no fim sempre uso o Ableton. Sempre começo com as baterias. Eu tenho um HD com algumas que venho colecionando durante anos. Quando sei que a bateria é boa, acrescento a melodia e a vibe surge.

É a sua primeira vez tocando no Brasil? O que podemos esperar do seu set no sábado? E quais são as suas expectativas em relação a festa?
Sim, é minha primeira vez no Brasil e estou amando! Tenho grandes amigos aqui que estão cuidando de mim. Fiquei um pouco doente e eles se certificaram de que eu ficaria bem. Brasil é um lugar onde eu pretendo fazer um nome para que possa voltar mais vezes. No sábado, espere ouvir beats originais, footwork/drum and bass, dubstep, e beats de trap. Quero que todos na balada aqui sintam como a gente quebra tudo em Los Angeles.

Taurus Scott está no Soundcloud // Facebook // Twitter

Tradução: Stefania Canone