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Tecnologia

Como é que vamos morrer?

O apocalipse está próximo.

Ilustração por John Bogan Se acreditarmos na história da humanidade, o fim sempre esteve próximo. Se Deus não nos destruir, serão as nossas próprias armas a fazê-lo. Se não for a guerra civil, será uma invasão de inimigos alienígenas. Como tal, é fácil perdermo-nos no magnífico espectáculo da incerteza que empesta a nossa existência. O mesmo espectáculo da incerteza que ignora as coisas que nos podem, realmente, matar a todos. O Stuart Armstrong é um investigador na Universidade de Oxford, onde se tem dedicado a perceber qual é a fatalidade que vai acabar com toda a espécie humana. O negócio é mesmo perceber os riscos legítimos do apocalipse e o Stuart foi um gajo generoso, deixando-nos aqui as quatro hipóteses mais plausíveis: INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
“Ou nos vai matar a todos, ou vamos ter de lidar com ela. Mesmo que só cheguemos ao nível humano. Aliás, todas as variáveis podem ser treinadas: podemos captar o melhor e depois interliga-las, de forma a criar super-comités com a inteligência junta de malta como o Edison, o Einstein, o George Soros, o Bill Clinton, a Oprah, o Platão, o Goebbels, o Bernie Madoff e até o Steve Jobs. Cada mente brilhante (no seu próprio domínio) ligada às outras comandará os próximos tempos mais rapidamente do que outro ser humano qualquer.” BIOLOGIA SINTÉTICA
“A partir da hipótese de programar células da mesma forma que alguém programa computadores, surge a habilidade de criar vírus, bactérias e células animais para fins específicos e potencialmente mortais. Neste momento, o que temos são, basicamente, super-hackers que estão a criar genomas que expressam determinados mitos e que se propagam.” NANOTECNOLOGIA
“Com a nanotecnologia, poderemos criar máquinas com objectivos de espionagem militar, na mais pequena das escalas, alimentando o ecossistema. Isto poderia ter como consequência o colapso da necessidade comercial e permitiria a um estado completamente desarmado que construísse um arsenal tamanho XXL num só dia. O mundo seria destabilizado.” GUERRA NUCLEAR
“As armas da Guerra Fria ainda andam por aí e a sua capacidade de exterminação massiva não diminuiu. Um estudo recente demonstrou que um cenário nuclear ainda é possível. E a sua proliferação continua a ser uma possibilidade perene, especialmente se os avanços tecnológicos permitirem que as estrelas de cinema entrem no jogo.”