FYI.

This story is over 5 years old.

Sexo

Pessoas contam-nos os casos de uma noite mais estranhos que já tiveram

Nem todos os "one night stand" são iguais.
Madalena Maltez
Traduzido por Madalena Maltez
Foto de Jacob Lund/Alamy Stock Photo 

Este artigo foi originalmente publicado na VICE UK.

Ah, os casos de uma noite. Já todos passámos por isso. E, à medida que o espaço que separa a puberdade e o momento de assentar se torna maior, dá a sensação de que somos cada vez mais aqueles que passámos por isso.

Mas, atenção, porque nem todos os casos de uma noite são iguais: ainda que a maioria consista, basicamente, em beber shots e despires-te à frente de um estranho, também há os que metem sangue ou até catanas. Várias pessoas contaram-me como foram as suas quecas de uma noite mais estranhas. Estas são as suas histórias.

Publicidade

Vê: "O que é que se passa com o amor?"


Kim, 23 anos

"Conhecemos-nos no Tinder. Ele tinha 38 e eu 21. Decidimos encontrar-nos para comer no Soho. Enquanto esperávamos pela comida, o tipo disse-me que tinha um filho de 19 anos e que queria garantir que isso não me incomodava já que eu tinha mais ou menos a mesma idade. Ele atraía-me tanto que não me importei. Depois de comer, apanhámos um taxi e fomos para sua casa em Hackney, que estava a abarrotar de obras de arte alucinantes. Chegámos e ele preparou dois gins tónicos e um banho com velas e tal.

Quando saímos do banho, pôs um disco do Prince e acendeu a lareira. Avançámos e começámos a fazê-lo numa almofada em frente à fogueira, depois foi buscar um pouco de coca e continuámos a pinar e a snifar até à meia-noite ou por aí, altura em que fomos para a cama e lá ficámos. De manhã fez-me um café, chamou um táxi e mandou-me para casa. No dia a seguir mandou-me uma mensagem a dizer que estava a passar por uma crise, porque não devia andar a sair com miúdas da idade do filho. Não voltei a saber dele".

Nick, 25 anos

"Quando estava a estudar, fui a uma festa em que todos os gajos queriam enrolar-se com uma miúda que parecia a Sasha Grey. Ali toda a gente estava forrada de dinheiro. Enfim, o que interessa para agora é que estavam a tocar guitarra acústica à volta de uma fogueira, enquanto eu e outro gajo bebíamos cerveja e tentávamos impressionar essa tal miúda. Acabámos por ficar todos meio acabados num quarto e, aí pelas cinco da manhã, levantei-me para ir mijar e ouvi a tal rapariga a chamar-me à porta. Deixei-a entrar.

Publicidade

Nem sequer tinha começado a fazer xixi quando, de repente, já ela estava a beijar-me a pila. Acabámos por fazer sexo na casa-de-banho, a achar que estávamos a ser silenciosos como ninjas, mas quando acabámos e abrimos a porta encontrámos toda a gente acordada e a partir-se a rir. Pelos vistos estávamos a pinar contra a parede do quarto em que estavam todos a dormir".

Mobile Love Industries

Sasha, 25 anos

"Havia um rapaz que andava muito pelo meu Snapchat, a responder às minhas selfies com emojis e perguntas do tipo 'que andas a fazer?'. Depois de duas semanas disto, convidei-o para vir a minha casa. Era muito giro: cara bonita, sorriso bonito… Muito giro. Enfim, começámos a fazer sexo e o gajo veio-se na minha boca, mas depois deixou a pila lá dentro, agarrou-me na cabeça para eu não me poder mexer e disse-me "continua a chupar!". Mas, eu não me conseguia mexer e ele também não se mexia, por isso limitei-me a sugar-lhe a pila. Estive assim cinco minutos até que ele se voltasse a vir.

Quando acabámos, começou a enrolar um charro, pôs o telefone a carregar e fez várias chamadas. Estava na minha com o meu telemóvel, quando ele me perguntou se eu tinha uma toalhita. Passei-lhe uma do pacote que tinha ao meu lado, a achar que ele queria limpar alguma coisa, mas quando me virei para lha dar ele tinha sacado uma faca ENORME, a maior que já vi na vida. Dei-lhe a toalhita de bebé sem dizer nada, porque não sabia o que dizer: havia um gajo a limpar uma puta de uma faca na minha cama. Ele levantou-se, meteu a faca no coldre, vestiu-se, ajustou a faca por dentro das calças e perguntou-me se eu queria alguma coisa da loja.

Publicidade

Quando saiu, reparei que tinha deixado o iPhone, por isso avisei as minhas colegas de casa e contei-lhes o que se tinha acabado de passar. 'Esse gajo não volta a entrar cá em casa', disse uma delas. O que me pareceu normal. O problema é que o rapaz tinha o telefone em minha casa. Meia hora depois voltou, a minha colega de casa deu-lhe o telefone e mandou-o embora. Outra meia hora depois, o gajo mandou-me uma mensagem por Snapchat a dizer "Desculpa, tinha que ir à loja". Isto foi tudo. Não o voltei a ver, nem a ele nem à sua catana".

Seb, 29 anos

"Uma noite, cheguei a casa depois do trabalho, tomei um duche e estava pronto para ver Eastenders quando tocou o telefone. Era uma miúda com quem tinha trocado umas mensagens no Tinder, mas que não conhecia pessoalmente. Ela, que estava histérica, pediu-me que fosse a sua casa ajudá-la, porque estava alguém a tentar entrar à força.

No tempo que demorei a decidir o que raio fazer, apercebi-me que ela estava era com vontade e queria apenas que eu fosse a sua casa. Não estava muito no espírito, mas a minha pila acabou por me convencer, peguei no carro e fui. Desde esse momento tudo começou a ser muito estranho. Primeiro, disse-me para nos encontrarmos num banco de jardim perto de onde vivia e depois indicou-me que conduzisse até ao parque de estacionamento de um centro comercial e deixasse lá o carro.

Fi-lo e depois acompanhei-a até à beira de um lago. Aí ela começou a dar voltas a uma manivela que havia num poste e apareceu um barquinho. Entrámos no barco e ela voltou a rodar uma manivela que o fazia andar e levou-nos ao outro lado, a uma espécie de ilha pequena com casas de madeira.

Publicidade

Caminhámos até à sua e, desde logo, foi óbvio que era a casa dos pais. Num momento super violento, apresentou-me à madrasta. Depois subimos ao quarto. Aí explicou-me que o pai bebia muito, que não ia chegar a casa até às três da manhã e que não ia acordar até muito depois de que nos tivéssemos ido embora, por isso não tinha que me preocupar. Abrimos uma garrafa de vinho, trocámos quatro palavras e fizemos sexo. Quando acabámos, ela quis tomar um duche e convidou-me para ir com ela. Houve alguma coisa em mim que me fez recusar a oferta.

De repente, ouve-se um barulho: o pai tinha aberto a porta principal e estava em casa, três horas antes do previsto. "Quem é que está a tomar banho a estas horas?, ouvi-o a resmungar. Abriu a porta da casa-de-banho e desataram os dois aos gritos, pai e filha. Entretanto, do outro lado de uma porta muito fina, eu pensava 'Merda, merda, merda', enquanto tentava vestir-me em silêncio caso desse na cabeça ao pai de entrar no quarto e amaldiçoava o quarto por ser tão pequeno e sem janelas por onde escapar.

O pai acabou por não entrar, mas tive que estar 40 minutos a ouvi-los a discutir aos gritos sobre a minha presença na casa. Depois de outra meia hora a abrir caixotes da cozinha e a dar voltas pela casa, o homem foi finalmente para a cama. Eram seis da manhã quando saí dali nas pontas dos pés. Apanhei o barco de volta à outra margem e fui para o carro, que encontrei rodeado por 30 pessoas vestidas com licra, a fazerem uma aula de aeróbica ao ritmo de deep house. Peguei no carro e conduzi de volta ao meu bairro, com uma paragem no MacDrive".


Segue a VICE Portugal no Facebook, no Twitter e no Instagram.

Vê mais vídeos, documentários e reportagens em VICE VÍDEO.