Do Hip Hop aos Drops, Henrix Prevê o Futuro do EDM

Houve um tempo em que os drops não faziam muito sucesso na dance music. Não se falava neles, e eles não pareciam algo que criaria um movimento enorme em clubes e festivais. Bem, essa visão se mostrou errada porque, à certa altura, alguns produtores decidiram se lançar fazendo faixas EDM muito mais originais do que o tradicional house progressivo que tocava nos festivais.

Henrix passou os últimos dois anos em turnê, aproveitando o seu sucesso com os drops desde o lançamento de "Hit It". A faixa, uma parceria com o GTA e o Digital Lab, foi uma das melhores do gênero lançada no ano passado. Até o Swedish House Mafia – graças ao Steve Angello – tocou-a no repeat em todos os seus sets. Agora que o produtor de Miami teve um tempo para entrar em estúdio, mais do que durante a turnê, dois grandes lançamentos devem sair pela Flamingo, gravadora do Fedde LeGrand.

THUMP: Você tem excursionado pelo mundo, aproveitando o sucesso das suas produções em vários clubes exclusivos. Além disso, você essencialmente criou uma tendência, um estilo de produção quando a sua faixa, "Hit It", explodiu nos clubes. O que você pensa quando vê esta cena crescendo?
Henrix: Sinceramente, eu adoro. Apesar do som de "Hit It" já ter ficado meio batido, ainda me faz feliz pensar que fiz parte da criação de um som que explode desse jeito. Não tenho certeza se tive um grande papel nisso, mas gosto de pensar que contribuí um pouco, haha!

Agora você está lançando uma faixa pela Flamingo Records, a gravadora do Fedde Le Grande. O que você acha de fazer uma parceria com eles e lançar um novo hit?
Acho incrível! A Flamingo é uma gravadora pela qual eu sempre quis lançar e o Fedde sempre foi um dos meus produtores preferidos. Então ele me dar esta oportunidade foi incrível.

Nos acostumamos com você fazendo grandes faixas em parceria, mas agora você está voltando para a carreira solo e lançando "Light". Ouvimos uma certa influência do Daft Punk na música. Acertamos?
Ah, sim, fiz muitas parcerias e muitas outras ainda vão acontecer, haha. Eu só meio que parei um pouco para fazer algumas coisas solo também. É muito importante na carreira de um artista. Não quero que as pessoas pensem que eu só lanço músicas com outras pessoas. Quero que as pessoas vejam que eu também sei fazer música sozinho. Mas não me leve a mal, adoro colaborar com outros artistas. Gosto de aprender o que eles fazem e orientá-los um pouco sobre o que eu faço, é ótimo. Quanto à influência do Daft Punk, você está certo! Adoro o Daft Punk, especialmente os primeiros discos deles. Tenho ouvido muita música eletrônica antiga e acho que posso trazer aquela vibe de volta do meu jeito e de alguma forma ensinar alguma coisa para a nova era da dance music. Eu meio que fiz isso em "Universal Sound".

Mas também, o sucesso não é coisa de uma faixa, você já está lançando outra! "Feel Alive" é uma dessas músicas que imaginamos sendo tocadas num festival e o público delirando. Você compôs a música?
Sim, eu queria muito entrar num som mais progressivo e positivo com esta faixa. O Mac Montgomery do Fmlybnd fez os vocais muito tempo atrás e ela nunca foi lançada, então decidi fazer alguma coisa com ela. [O Fmlybnd] é uma das melhores bandas novas da indústria, na minha opinião. :)

Você planeja talvez reunir todas estas faixas num disco futuramente? Você acha que criar um disco é importante na carreira de um DJ?
Pensei nisso antes, mas acho que o meu disco vai ser um pouco diferente, não vai ser feito apenas de faixas dance. Mas vamos ver! E sim, fazer um disco é muito importante na carreira de um artista, mas saber a hora certa é tudo.

Quais são as suas dicas para produzir uma boa faixa em um mundo onde todo mundo produz sons e músicas parecidas?
Acho que tentar ser você mesmo, fazer o que você tem vontade. Tenho reforçado muito isso ultimamente. Estou cansado de me prender a um tipo de som, amo a música como um todo, então, se gosto de um certo som ou gênero, vou trabalhar com ele. Não vou me segurar porque as pessoas acham que eu devia fazer um determinado som. Vou fazer o que eu quero!

E por você ter produzido faixas com um som novo e muita gente ter ido na sua cola, o que você tem ouvido que você ache parecido com o seu próximo som?
Tenho escutado de tudo. De tudo do EDM ao hip-hop, da chill music ao rock. Não sei se vou ter um próximo som, já que vou fazer tantas coisas diferentes no ano que vem, haha.

Soubemos que você é um grande fã de basquete, então para que time você está torcendo e planejando ver nas finais de 2015?
Sim, sou um grande fã! Sempre vou ficar do lado do meu Head, aconteça o que acontecer!

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Trino é o Editor do THUMP no México: @trinodj

Tradução: Fernanda Botta