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Formas de Passar o Tempo no Deserto

Jack Kerouac dizia que ‘estrada é vida’, mas ferrovia é vida mesmo. Uma plataforma móvel gigante de banheiros, vagões-restaurante, estúdios de música, galeria e um vagão da Levis® com sofás e mesas e poltronas de couro macias que te jogam no chão...

Jack Kerouac dizia que ‘estrada é vida’, mas ferrovia é vida mesmo. Uma plataforma móvel gigante de banheiros, vagões-restaurante, estúdios de música, galeria e um vagão da Levis® com sofás e mesas e poltronas de couro macias que te jogam no chão trepidante sob seus pés.

Nosso trem é tão pesado que, na velocidade, um único eixo solto tem o peso de um Chevrolet antigo e uma das portas laterais de um vagão teria o poder de desabar o teto de um prédio. Se quisesse. Mas ele não quer. O trem não tem um único parafuso maligno em toda a sua estrutura.

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Este é um projeto de arte, sim, mas é também reality show sem os cuzões e os esquisitos escolhidos a dedo. Colocaram um monte de artistas, músicos, jornalistas e equipe da Levis® num trem, botaram jeans em todo mundo e lançaram na vastidão erma dos Estados Unidos para ver o que acontece. Lugares empoeirados onde nenhuma operadora de celular chega.

Mas na ausência de conectividade decente, as pessoas felizmente começam a conversar entre si de novo. Elas pegam em guitarras, brincam de charadas com celebridades, resolvem enigmas, fazem competições de quem come mais pimenta, e se toca Giorgio Moroder, saltam das cadeiras e começam a dançar. E acredite, dançar num trem não é fácil. Principalmente indo montanha abaixo e a coisa voando a mais de 160 km/h. É como tentar dançar no lombo de um cavalo gordo galopando.

Também conversamos sobre outros planos. Devaneios. Que tal um Station to Station entre Londres e Moscou? E se fosse de porto em porto? Talvez pudessem navegar pelo Caribe por uns meses. Fazer festas à beira-mar. A Levi’s podia lançar uma linha de moda praia?

A verdade é que é difícil imaginar um projeto como esse sendo replicado. A ambição e energia de todos os envolvidos foi imensa, mas acho que quando se participa de uma coisa incrível, você começa a sentir que tudo é possível. Para parafrasear outro grande viajante americano, Mark Twain, ‘viajar é fatal para as ideias limitadas’ e até agora nesta viagem, a única coisa limitada é nossa contemplação de tanto olhar as reluzentes paisagens do deserto o dia todo.

Para ver o resto das colaborações e colaboradores, acesse http://levi.com/makeourmark