Este artigo foi originalmente publicado na VICE USA.
De acordo com o Departamento de Correcção e Reabilitação da Califórnia, o líder do culto conhecido como Manson Family, Charles Manson, morreu de causas naturais, aos 83 anos, em Bakersfield, Califórnia, Estados Unidos. Em Janeiro deste ano, Manson tinha sido hospitalizado devido a um sangramento gastrointestinal, do qual nunca terá recuperado totalmente.
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Charles Manson é conhecido como serial killer, embora não tenha fisicamente cometido qualquer um dos homicídios pelos quais cumpria pena de prisão. Ao invés, foram os seus seguidores a levar a cabo os assassinatos sob a sua direcção, entre os quais o da actriz de Hollywood Sharon Tate, na altura mulher do realizador Roman Polanski, grávida de oito meses na altura.
Vê Charles Manson responder à pergunta “Quem és tu?”.
Ao longo de 1969, Charles Manson instigou os seus seguidores a cometerem nove homicídios em quatro locais diferentes e aparentemente sem qualquer ligação, o que confundiiu os investigadores durante meses.
Para Manson e para o seu grupo de desajustados e pequenos criminosos, os assassinatos tinham como objectivo provocar uma guerra racial, a que se referiam como “Helter Skelter”. Este evento levaria à ascensão de uma nova ordem social em que Manson supostamente se tornaria um profeta e um salvador.
Manson acabaria por ser acusado de homicídio e condenado à morte em 1971, embora a sentença nunca tenha sido cumprida. Em 1972, o Estado da Califórnia acabou com a pena de morte e a sua pena foi alterada para prisão perpétua. Ao longo dos últimos 46 anos, Manson tentou a liberdade condicional por 12 vezes, tendo-lhe esta sido sempre negada.
Durante o tempo que passou na prisão, foi sempre considerado um recluso problemático, tendo, por exemplo, incendiado e tentado inundar a sua cela por diversas vezes. Passou vários períodos em regime de solitária.
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