Cinco dicas para umas férias low cost à maneira



Estamos quase no fim de Agosto e toda a gente foi de férias menos tu. Falta-te o dinheiro e provavelmente até tiveste de arranjar um daqueles empregos de Verão merdosos e super mal-pagos que não te permitiu ir a lado nenhum. Tenho boas notícias para ti: nem tudo está perdido. Não sendo eu abastada, posso garantir-te que já viajei mais do que a maior parte dos meus amigos, e vou partilhar contigo os meus segredos. Não é difícil, basta uma boa dose de coragem e espírito aberto. Aqui fica uma lista de cinco cenas a ter em conta para uma viagem low cost. Lê todos os pontos, pega na mochila, e diverte-te!





A DATA

Escolher a altura para viajar é de longe meio caminho andado para poupar dinheiro. O segredo é optar por alturas do ano menos concorridas, quando ainda ninguém pensa em ir de férias ou quando toda a gente já foi. Boas alturas seriam, por exemplo, inícios de maio ou finais de setembro, épocas em que já/ainda há bom tempo mas os voos, hosteis e mesmo alguns serviços apresentam preços de época baixa.

Nestas alturas vais ter mais vagas nos hosteis, o que te dá mais hipótese de escolha, e vais ter menos tempo de espera nas filas dos museus, parques de diversões, etc., o que te permite ver e fazer mais coisas em menos dias.



O MEIO DE TRANSPORTE


Para viajar da forma mais barata podes usar os voos low-cost, é claro, mas há outras formas de te deslocares que por vezes ficam bem mais em conta. Há, por exemplo, as camionetas, objectos meio ultrapassados mas que, e talvez por isso mesmo, têm tarifas mais baixas, sobretudo se já estiveres no centro da Europa.

O comboio é outra opção. Neste caso o melhor é comprares um bilhete até à fronteira do país onde estás, e assim que passes a fronteira compras outro bilhete até à cidade que queres visitar. Dois bilhetes nacionais saem mais baratos que um internacional! No caso de ires para um país que não usa euros, lembra-te só de trocar o dinheiro antes de entrar no comboio, ou arriscas-te a ser expulso assim que passes a fronteira (a sério, falo por experiência própria).

Se fores mais destemido, podes sempre ia à boleia. Em Portugal esta prática caiu em desuso por medo do bicho papão, mas no resto da Europa ainda há muita gente que o faz, e até existem corridas para ver quem chega primeiro a outro país através da caridade alheia. Se nunca experimentaste o melhor é espreitares este site que te dá dicas sobre os melhores spots para apanhar os carros e como desfrutar melhor do que cada país tem para oferecer.




A ESTADIA

O alojamento é sem dúvida aquilo que mais pesa no bolso quando se viaja, portanto o ideal é evitar este custo. Uma boa forma de o fazer é através do Couchsurfing, uma espécie de facebook para os malandros que gostam de estadias à pala. Basta criar um perfil, falar com pessoal que te pareça fixe e partilhe os mesmos interesses que tu, e já está! Ainda ganhas um guia local para te mostrar o que de mais interessante há na cidade.

Se contares passar uma ou duas noites fora também podes optar por dormir em sítios públicos: a praia, um parque, uma estação de comboio ou o aeroporto são sítios que os viajantes de mochila às costas costumam escolher para pernoitar.

Uma última hipótese, se não te apetecer ficar na rua e tiveres medo de te enfiar em casa de um desconhecido, é começares a conhecer algum pessoal de Erasmus na tua cidade. Vais ver que é estadia garantida numa dúzias de localidades diferentes — quem disse que o erasmus só servia para arranjares miúdas giras?





A COMIDA

Estar numa casa, seja através do couchsurfing ou com pessoal de erasmus, permite-te fazer as tuas próprias refeições. Preparar uma sandes pela manhã não custa nada e faz com que poupes tempo que podes usar para conhecer mais coisas e ir a mais sítios — o que pode ser especialmente importante se tiveres poucos dias de férias. Procura um jardim onde relaxar a meio do dia e comeres o teu farnel. À noite, faz uma refeição mais apropriada e partilha com o teu anfitrião; é um gesto simpático e de certeza que no dia seguinte ele te prepara um prato típico do país dele.



Num caso desesperado em que tenhas posto a experiência à frente do estômago e não tenhas mesmo dinheiro nenhum para comer, também podes correr os supermercados em busca de amostras grátis. Presuntos, queijos, cereais e iogurtes são alguns exemplos das coisas que podes arranjar e salvar-te pelo menos uma refeição. Normalmente os supermercados têm dias da semana específicos em que oferecem estas amostras, por isso pergunta a um local qual o melhor dia para o fazeres e poupa tempo precioso em que poderias estar a passear por uma cidade desconhecida.



AS PESSOAS COM QUEM VAIS


O ideal é estares em completa sintonia com as pessoas que te acompanham nas tuas viagens. Eles estão na mesma onda que tu, dispostos a dormir ao relento e fazer amizade com desconhecidos? Ou querem passar o dia a fazer compras no shopping e a comer fast food? Nada contra, mas talvez não sejam a melhor companhia para umas férias low-cost. Se a tua lista de possíveis companheiros acabou de ficar reduzida a zero, vai sozinho! Vais encontrar muitas pessoas na mesma situação que tu e vais acabar por fazer muitos amigos por essa estrada fora.

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