Identidade

Como crianças trans e os pais estão a escolher o momento de iniciar a transição médica

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Enquanto continua o debate sobre qual a casa-de-banho que as pessoas transgénero devem usar, há uma questão mais complexa a emergir, que diz respeito à idade em que a transição médica deve começar em crianças trans. Médicos e famílias estão a reescrever as regra, decidindo quando e como começam as intervenções antes de os jovens chegarem à puberdade.

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Cerca de 1.7 por cento da juventude norte-americana identifica-se como transgénero e esta é, muito provavelmente, uma estimativa, conservadora, já que é certo que muita da população trans não se assume. “Digo, com bastante certeza, que qualquer sondagem sobre identidade LGBTQ muito possivelmente não abrange a totalidade da população, porque apenas tem em conta uma parte minoritária do estatuto de sexualidade e género, a ‘identidade’”, explica Bianca Wilson, do Williams Institute, um think tank da UCLA School of Law, que se dedica a questões ligadas ao direito para a área da orientação sexual e identidade de género.

Para além da luta pela aceitação, as crianças transgénero e as suas famílias são confrontadas com questões médicas que podem alterar completamente as suas vidas. Estas decisões são ainda mais complicadas para os jovens trans e pessoas em não conformidade de género que não podem contar com o apoio da família. As estimativas apontam para que 40 por cento dos jovens sem-abrigo se identifiquem como LGBTQ


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Neste documentário, a VICE News explora as questões emocionalmente pesadas e em rápida evolução, que envolvem jovens trans e os seus pais, numa era de rápidas e drásticas mudanças políticas e sociais.

Fomos conhecer Kai, uma menina transgénero de cinco anos, cuja mão, Kimberly, tem em curso uma batalha com a escola local pelo direito de a sua filha ter o direito de usar a casa-de-banho das raparigas. “No Texas, há muita gente com cargos de responsabilidade que assume posições públicas bastante duras contra a comunidade transgénero. A direcção escolar do nosso distrito é ultra-conservadora, o supervisor é ultra-conservador, pelo que estamos naquele que é, provavelmente, o pior distrito escolar, no pior estado do país, e isto começa logo no infantário”, diz a mãe sobre a situação de Kali.

Depois, olhamos ainda para o caso de Max, que, com os seus pais, decide começar a tomar bloqueadores de hormonas para atrasar a puberdade, mas também para as situações de Steviee, de 15 anos, que está já a tomar testosterona e de Charlotte, de 17 anos, que está a fazer a transição ao mesmo tempo que tenta encontrar o seu caminho fora do sistema institucional de adopção.


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