Hard Club
Porto
10/10
Não tinha dúvidas de que ia ser absurdo. A caminho da ribeira, falava sozinha, enquanto ouvia em volume apropriado para aqueles velhotes que têm aparelhos auditivos, o novo Vertikal destes suecos. À tarde, até tinha enviado uma mensagem lamechas aos Cult of Luna, a pedir-lhes que tocassem uma cançãozinha específica de um disco antigo (escusado dizer que eles tinham mais que fazer do que corresponder aos meus desejos, mas eu perdoo-lhes). Quando lá cheguei, tentei concentrar-me na primeira parte, o HHY. Impossível, mesmo gostando. Por isso, quando os CoL começaram, foi logo a pontapé. A minha coluna cervical está em mau estado desde aquele início da “I: The Weapon”. A “Ghost Trail”, servida a dois bateristas, é ainda mais incrível ao vivo. À segunda canção, já era um dos concertos do ano. Se lhe juntarmos, a bujarda da “Vicarious Redemption” (a sou tão dubstep, mas resulta) e o quase desmaio da “In Awe of” no final… O que é que posso dizer? Sei lá. Cheguei a casa, bebi dois copos de vinho na varanda, tentei respirar e acalmar a excitação e pensei que, se pudesse, metia-me já a caminho de Lisboa. CA-RA-LHO (a única palavra que consegui dizer durante os meus noventa minutos no Ferreira Borges).
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