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Haddad sobe seis pontos e Bolsonaro estaciona em nova pesquisa Datafolha

Rejeição de Bolsonaro vai a 46% e ex-capitão perde para todos outros candidatos do pleito no 2º turno.
Fernando Haddad e Manuela D'Ávila durante campanha em Porto Alegra. Foto via Facebook

Parece que está chegando a hora de já ir botando o pijama: o resultado da pesquisa de intenção de votos para presidente do Datafolha divulgado na noite desta sexta-feira (28) é má notícia para Jair Bolsonaro (PSL). O ex-capitão e deputado federal estacionou nas intenções de votos, depois de semanas subindo paulatinamente, na esteira da comoção com seu atentado.

Realizada entre quarta (26) e sexta-feira (28), a pesquisa ouviu 9 mil eleitores — ou seja, apesar do número expressivo, ainda não teve tempo de captar a recepção de todas as novidades a respeito de Bolsonaro, como a capa da revista Veja e a impopular declaração do seu vice, Hamilton Mourão (PRTB) sobre o 13º salário e as férias remuneradas — aliás, nesta sexta Mourão voltou a dar munição para a oposição afirmando que o povo está “se lixando” para o 13º.

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Bolsonaro aparece pela primeira vez estagnado no Datafolha, com 28% das intenções de voto, desde o começo oficial da corrida eleitoral. Fernando Haddad (PT), por sua vez, parece seguir recebendo com força a transferência de votos de Lula, ganhando seis pontos percentuais e passando de 16% para 22% das intenções de voto. Ciro Gomes, por sua vez, perdeu dois pontos, variando dentro da margem de erro e passando de 13% para 11%, empatando tecnicamente com Geraldo Alckmin (PSDB), que oscilou um ponto para cima e ficou com 10%. Marina Silva (Rede), por sua vez, perdeu mais dois pontos percentuais e tem 5%, ficando tecnicamente empatada com o “segundo pelotão”: João Amoêdo (Novo), com 3%, Henrique Meirelles (MDB) com 2%, Álvaro Dias (Podemos) com 2%, Cabo Daciolo (Patriotas) com 1%, Vera Lúcia (PSTU) com 1% e Guilherme Boulos (PSOL) com 1%.

Com a margem de indecisos (5%) e votos brancos/nulos (10%) caindo fortemente, não sobra muito espaço de manobra para os candidatos que ainda querem permanecer na disputa — ou seja, há uma semana do pleito a impressão mais clara é de um segundo turno entre Haddad e Bolsonaro mesmo.

Falando em segundo turno, Haddad abriu uma larga vantagem em Bolsonaro, passando de um empate de 41% a 41% para uma vantagem de 45% a 39% - Bolsonaro também deixou o conforto de um empate técnico com Alckmin para perder por 45% a 38%, enquanto Ciro Gomes se descolou mais ainda, derrotando Bolsonaro por 48% a 38%. As rejeições dos dois primeiros colocados subiram três pontos: Bolsonaro foi de 43% par a46%, e Haddad de 29% a 32%, enquanto os outros se mantiveram praticamente estáveis .

A pesquisa Datafolha foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal Folha de S. Paulo, tem margem de erro de 2% e nível de confiança de 95%, entrevistou 9 mil eleitores em 343 municípios e está registrada no TSE sob o número BR-08687/2018.

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