O ápice da fotografia absurdista nestas fotos imprevisíveis

Para nossa edição de fotos deste ano , falamos com 16 fotógrafos em ascensão e perguntamos que fotógrafos os inspiraram a entrar para o meio. Depois abordamos seus "ídolos" para saber se eles estavam interessados em publicar trabalho na nossa edição. O que nos deram, achamos, cria um diálogo único sobre a linha de influência entre jovens artistas e fotógrafos com uma carreira mais estabelecida. Esta matéria apresenta uma entrevista de Zhongjia Sun com seus ídolos escolhidos, Maurizio Cattelan e Pierpaolo Ferrari da Toilet Paper , e uma explicação do corpo de trabalho de cada um.

Zhongjia Sun é uma artista plástica que se formou recentemente pela Parson School of Design com mestrado em fotografia. Sun autopublica uma revista chamada Common Common. O trabalho dela já apareceu na ORDINARY Magazine, Anti-Bad Magazine e iGNANT, e ela já expôs em Nova York e Filadélfia, além de na Bienal de Fotos Chiangmai 2017 na Tailândia.

Os fanfarrões italianos Maurizio Cattelan e Pierpaolo Ferrari vêm trabalhando juntos desde 2009. Em 2010 eles fundaram a Toilet Paper, uma revista nascida da paixão compartilhada deles em fazer imagens estranhas e divertidas. Eles também já fizeram várias capas incríveis para a VICE nos últimos anos. Eles são conhecidos por criar fotos que fundem o vernáculo da fotografia comercial com surrealismo.

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Zhongjia Sun: O que "natureza morta" significa pra vocês?
Toilet Paper: É um oximoro, tipo "morto-vivo" ou "mentiras verdadeiras". Adoro que nessas duas palavras você consiga perceber como nossa linguagem e natureza humana são ambíguas e duas caras. Isso está muito mais ligado à realidade do que você imagina.

Como vocês desenvolvem uma sessão de fotos? Qual a porcentagem de planejamento e improvisação no processo de trabalho de vocês?
Um set da Toilet Paper é como uma orgia: É difícil saber quem está fazendo o que com quem. Toda sessão de fotos é resultado de uma longa cadeia de eventos e imprevisível como um telefone sem fio. Essa provavelmente é a parte mais difícil de trabalhar conosco, porque você nunca sabe o que esperar até estarmos fotografando, que é o momento em que ótimas ideias saem pulando como sapos num lago — imprevisíveis, incontáveis e nem sempre bonitos. A menos que você os beije.

Já notei que tem uma edição [da Toilet Paper] que é só de imagens verticais. Outras eram só de imagens horizontais. O que fez vocês começarem a publicar imagens na vertical?
Muitas vezes a resposta certa e a mais simples: Colaboramos com a revista Zeit por um ano, publicando uma imagem da Toilet Paper nas páginas deles uma vez por semana… e adivinha? A revista deles é vertical!

O que vocês acham das tendências atuais em fotografia?
Acho que hoje em dia é preciso cada vez mais e mais coragem para ser original; o "novo" geralmente chega apenas por azar. Os trabalhos mais interessantes que tenho visto são aqueles em que você vê uma luta inacabada, que você pode vislumbrar um mistério profundo, um segredo. Num mundo superpovoado com imagens rápidas e de fácil consumo, é difícil diferenciar o que é arte boa do que não é. Todo mundo está tentando produzir algo que dure mais que dois segundos na mente dos outros. Todos desejamos ser eternos no final das contas.

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