Graffiter agorafóbico, vândalo, artista de vanguarda, agitador social ou virtuoso do Photoshop. Ao
João Sebastião já chamaram muita coisa, mas ele aceita que lhe chamem apenas uma: João Sebastião. Nome próprio, pseudónimo, heterónimo, ortónimo e nome verdadeiro — tudo ao mesmo tempo. “Porque assim ninguém sabe quem eu sou”, justifica-se. O auto-proclamado artista digital aceitou responder às minhas perguntas num lugar público e movimentado, por isso, e ao longo de um dia, trocámos mensagens nas caixas de comentários de vários jornais de referência.
VICE: Por que é que se quer manter no anonimato?
João Sebastião: Porque é mais importante o meu trabalho do que eu. O que é a arte digital?
É arte que se cria e se manifesta em computadores e televisores, mais recentemente também em dispositivos móveis e tablets. A arte imita a vida, a vida imita a arte ou vice-versa?
Não imagino vida sem arte, e convenhamos que não há arte sem vida. Só as naturezas mortas. Mas sim, estou de acordo. Quais são os temas que mais preocupam João Sebastião?
O meu Portugal, o mundo, as injustiças sociais, a nova ordem mundial e o grupo Bilderburger. O que pretende fazer com a sua arte?
Sensibilizar, activar, mudar, consciencializar, hierarquizar, chocar, emocionar, harmonizar, perpetuar, inchar, hifenizar a mente das pessoas. Politicamente, como se descreve?
Sincero e amigo dos meus amigos. E em termos políticos, como se descreve?
Tento não pensar muito nisso. O meu papel enquanto artista é anular-me completamente do trabalho e ser apenas um veículo das sensibilidades dos povos e dos problemas. Vive apenas da sua arte ou tem outras fontes de rendimento?
Vivo de rendas. Se não fosse um animal, que animal não seria?
Assumo-me como um animal com todos os defeitos e fragilidades, somos carne e osso e sentimentos também. Considera-se a voz dos oprimidos?
Pretendo ser a voz dos que têm voz a mais. Reparei que João Sebastião aponta muito o dedo às coisas que estão mal. Para quando começar a propor mudanças?
A minha intenção com este trabalho é a de representar assuntos e preocupações do domínio público de acordo com as reacções mais populares. Por isso, a possibilidade de propor mudanças existirá se na ordem do dia se discutir isso. O que diz aos criticos que afirmam que o seu trabalho não é mais do que Photoshop sobre imagens do Street View?
Digo que têm razão.
João Sebastião: Porque é mais importante o meu trabalho do que eu. O que é a arte digital?
É arte que se cria e se manifesta em computadores e televisores, mais recentemente também em dispositivos móveis e tablets. A arte imita a vida, a vida imita a arte ou vice-versa?
Não imagino vida sem arte, e convenhamos que não há arte sem vida. Só as naturezas mortas. Mas sim, estou de acordo. Quais são os temas que mais preocupam João Sebastião?
O meu Portugal, o mundo, as injustiças sociais, a nova ordem mundial e o grupo Bilderburger. O que pretende fazer com a sua arte?
Sensibilizar, activar, mudar, consciencializar, hierarquizar, chocar, emocionar, harmonizar, perpetuar, inchar, hifenizar a mente das pessoas. Politicamente, como se descreve?
Sincero e amigo dos meus amigos. E em termos políticos, como se descreve?
Tento não pensar muito nisso. O meu papel enquanto artista é anular-me completamente do trabalho e ser apenas um veículo das sensibilidades dos povos e dos problemas. Vive apenas da sua arte ou tem outras fontes de rendimento?
Vivo de rendas. Se não fosse um animal, que animal não seria?
Assumo-me como um animal com todos os defeitos e fragilidades, somos carne e osso e sentimentos também. Considera-se a voz dos oprimidos?
Pretendo ser a voz dos que têm voz a mais. Reparei que João Sebastião aponta muito o dedo às coisas que estão mal. Para quando começar a propor mudanças?
A minha intenção com este trabalho é a de representar assuntos e preocupações do domínio público de acordo com as reacções mais populares. Por isso, a possibilidade de propor mudanças existirá se na ordem do dia se discutir isso. O que diz aos criticos que afirmam que o seu trabalho não é mais do que Photoshop sobre imagens do Street View?
Digo que têm razão.
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