Correr para empoderar

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Correr para empoderar

A escritora Clara Averbuck chama as minas e os caras educados pruma corrida que joga o holofote na discussão sobre corpo feminino e empoderamento das mulheres.

Foto: Guilherme Santana/VICE

"Empoderamento feminino é muito mais uma coisa de dentro pra fora do que de fora pra dentro", nos explicou a escritora Clara Averbuck, 36, quando a encontramos para falar sobre a relação da corrida com seu trabalho literário. "É encontrar uma voz e não recuar diante de algumas coisas que as mulheres estavam acostumadas a recuar."

Você pode até estar se perguntando: o que raios correr tem a ver com machismo ou, sei lá, literatura? Mais do que o aparente. A Clara dá o papo. Ela nos contou que, por mais que pareça um esporte democrático, a corrida traz várias dificuldades cabíveis apenas às mulheres. Estão no cotidiano de todas. Colocar um short de ginástica — mesmo que não seja curto —, vestir um top — mesmo que ele não exiba a barriga — e sair para correr pelas rua de sua cidade, exposta aos olhares e comentários desrespeitosos, é um ato de bravura.

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Foi pra jogar holofote nesses problemas de gênero na corrida que ela chamou as minas, e os caras educados também, para uma corrida de conscientização. O rolê vai ser no sábado, 9 de abril, na Praça Buenos Aires, em Higienópolis, onde a escritora costuma dar suas corridas corajosas e inspiratórias. "Qualquer evento que tenha o empoderamento como mote é incrível. Seja uma corrida, uma oficina, um debate."

Corredora recente, Clara está enamorada da ideia de poder meter o pé pelas ruas do centro de São Paulo. "A coisa mais legal da corrida é que não precisa de quase nada. Você precisa de um tênis, chão e segurança pra sair", diz. O começo, porém, exigiu a superação da autocrítica. "A primeira vez é complicada. Você tá inseguro, não sabe se está correndo direito. Quase morri de vergonha e tropecei", conta."Tinham velhinhas me ultrapassando porque eu não tava com o preparo físico muito bom."

Foto: Guilherme Santana/VICE

Agora mais acostumada ao esporte, a principal dica da escritora é relaxar em relação a voz interna e, sempre que possível, abafar as manifestações externas. "Fone de ouvido sempre", diz, com humor. "É imprescindível para um ser humano sair na rua, principalmente se for mulher, com fone na orelha."

A prova promete — além de colocar a discussão sobre o corpo feminino e o empoderamento das mulheres no foco — ser de altíssimo astral. Aquelas que tiverem fôlego podem também dar uma passada no dia seguinte, 10 de abril, na meia maratona só para mulheres NikeWomen Victory Tour Rio, que rola na capital carioca.

Para saber mais detalhes da corrida da Clara, acesse: https://web.nike.com/vemjunto/index.html#/event/empoderamento-da-mulher. Caso queira saber mais sobre o rolê feminino carioca, clique aqui: http://news.nike.com/news/nikewomen-victory-tour-r… E vista a roupa que quiser, bote os fones e se empodere!