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Poucos poderão ficar indiferentes ao ensaio “Mães Arrependidas”, de Orna Donath. Na obra, a socióloga quebra todos os tabus relacionados com a maternidade e, com a simples aceitação do seu arrependimento enquanto progenitora, abriu uma polémica enorme, que entretanto já se espalhou pelo Mundo.
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Em “Mães Arrependidas”, Donath entrevista 23 mulheres que afirmam que se equivocaram ao terem decido dar à luz. Das pessoas que se sentem aliviadas porque alguém tinha de o dizer, às que acreditam que se trata apenas da irresponsabilidade própria de uma classe média bem estabelecida na vida e que não está disposta a sacrificar nada, as reacções não se fizeram esperar.
No entanto, apesar do que se poderia supor, o movimento de mães arrependidas não se ficou apenas por algo marginal ou anedótico. Há cada vez mais mães a “saírem do armário”. Mas, terão elas calculado realmente o impacto que as suas declarações podem ter no futuro dos seus filhos?
Seja como for, parece claro que os reposicionamentos a nível de género e as mudanças que isso implica fizeram também com que surgissem novas formas de ser ou não ser mãe e é importante que, pelo menos, possamos falar sobre o tema.
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