Luciano Spinelli é uma daquelas figuras anônimas que circulam pelas cidades, buscando retratar desconhecidos e cenas da noite tão alucinantes que acabam até virando poesia.
Seus trabalhos são retratos simples e bonitos, muitas vezes melancólicos, de paisagens de cidades cosmopolitas, mostrando a solidão que se perde nas mil e uma opções que existem em qualquer metrópole.
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Por isso, ficamos muito felizes quando ele enviou as fotos da Cover Girl, uma festa criada pela famosa Divina Raio Laser e é cheia de glitter, emoção e drama. Uma prova de como as Drag Queens são as maiores responsáveis pela noite paulistana ainda ser o que é. Por mais que a função delas seja sair bem na foto e mandar um “lipsync for your life”, os cliques de Luciano são espontâneos e quase delicados. “Fotografo de perto com lente grande angular, interajo com as pessoas e não deixo saber quando serão fotografadas,” explica o fotógrafo.
A série toda foi fotografada com uma câmera analógica, preferência do próprio Luciano para seus trabalhos autorais. “[…] não gosto de tratar foto, o que é inevitável quando se usa digital. Então quando fotografo por curtição prefiro que a foto fique pronta na hora, certa ou errada, mas pronta. Depois é só revelar, escanear e aceitar o resultado!”
A fascinação pela cena de hip-hop dos anos 80 foi uma das influências que levaram Luciano a parar na festa Cover Girl e gastar muito filme no processo. “Recentemente um amigo me mostrou o filme Paris Is Burning, que documenta a cultura dos bailes, a performance corporal e de gênero que nascia em New York naquela época. Curti ao ver que na Cover Girl há uma confraria de pessoas que se conhecem e dividem um estilo de vida semelhante.”
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