O domingo foi histórico para os parmera do Brasil inteiro: depois de 22 anos, o clube paulista conquistou o campeonato brasileiro, o nono da sua história – ainda que quase todos adversários questionem o número, para os parmera é isso e pronto.
Resolvi assistir e fotografar o jogo que deu o título para o Palmeiras aqui na minha quebrada, em Guarulhos, na casa de amigos que conheço há mais de 20 anos – só conheci uma parmera mais fanática que eles, minha finada Tia Avó Dona Amélia.
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Cheguei pouco antes do jogo começar na casa do Rubão e o clima já era de festa. Todos ali com camisas, faixas, tambores e até um sinalizador dentro de casa. Churrasco pegando solto, cantorias palmeirenses e muita expectativa, afinal, amigos, 22 anos é uma vida.
Jogo começa e pergunto para o Rubinho, filho do Rubão, como ele se sente. “Se eu não tiver um infarto hoje vai ser o melhor dia da minha vida”, responde, quase sem voz.
Pouco depois já saia o gol do Palmeiras; aquela sala pequena que em certos momentos não tinha como se mexer explodiu de alegria. Todos ali ficaram enlouquecidos e gritavam “acabou acabou” desde o primeiro tempo; os mais supersticiosos, porém, diziam para esperar e não gritar campeão antes da hora.
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Saí um pouco da sala e fui dar uma volta na casa em que passei muito tempo da minha infância. Reparei que havia pelo menos um objeto do Palmeiras em cada cômodo.
Antes do segundo tempo acabar todos já pegaram suas bandeiras e rojões e foram para a rua fazer a festa. Depois, seguiriam em carreata para uma das principais avenidas de Guarulhos a fim de vibrar até clarear.
Esse dia foi muito parmera.
Assista abaixo ao nosso documentário em 360 sobre a torcida do Palmeiras: