Este artigo foi originalmente publicado na VICE US.
No último Verão, a Toys “R” Us juntou-se oficialmente a empresas como a Circuit City, Blockbuster, ou RadioShack na lista crescente de lojas-físicas-de-venda-a-retalho-agora-extintas, que eram grandes referências nos Estados unidos (e no Mundo) nos anos 1980 e 90 [Nota do editor: refira-se que a marca decidiu continuar com as operações em Portugal e em Espanha, após a sua compra por investidores portugueses]. O maremoto Amazon arrasou com estes outrora gigantes um por um e a coisa não deverá parar por aqui. No entanto, em relação à Toys “R” Us o sentimento é um bocadinho diferente. Para tantos de nós, as lojas eram como um maravilhoso espaço temporário de escape.
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Eu e a Joanna Kulesza somos fascinados pelo retalho moribundo na era Amazon, portanto, decidimos documentar os últimos dias desta Terra da Fantasia nostálgica. Não sabíamos o que esperar desta loja específica, nem dos seus clientes, mas quer da parte dos funcionários, como da clientela a resposta foi, na generalidade, positiva. Muitos ficaram contentes por serem fotografados, ou por verem os filhos fotografados. Repetidamente fomos ouvindo coisa como “eu vinha à Toys ‘R’ Us quando era criança e quero que os meus filhos possam ter esta última experiência”.
As justaposições numa loja de brinquedos gigante que está a fechar portas são fascinantes e surreais: fita adesiva por todo o lado, prateleiras vazias e cartazes enormes do homem do Monopólio a indicarem descontos de 70 por cento no jogo. Paredes com tinta a descascar, placas de sinalização quase a cair e chão manchado e rachado devido aos anos de existência. Uma imagem da girafa Geoffrey observava a secção de bebé, totalmente vazia, excepto pelas prateleiras ainda resistentes. Um mundo a chegar ao fim. — Andy Sarjahani
Todas as fotos por Andy Sarjahani e Joanna Kulesza.
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