O fotógrafo John Francis Peters cresceu no Vale do Rio Hudson no norte do estado de Nova York, nos EUA. Mas como sua mãe é de Los Angeles e seu pai se mudou para San Diego, ele sempre viu a Califórnia como um lugar para onde ele podia escapar, literal e metaforicamente.
“O que minha mãe e eu experimentamos [no estado de Nova York] foi muita dificuldade”, explica Peters. “A Califórnia sempre foi parte de mim por causa dos meus pais. Sempre foi um lugar onde eu podia me imaginar morando um dia. Passei meus verões lá. Tinha uma energia muito boa. E tanta diversidade num quarteirão. Isso era algo que eu não tinha em Nova York.”
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Foram essas experiências que inspiraram o projeto de Peters California Winter, onde ele fotografou viajantes buscando se descobrir, ir contra a cultura do capitalismo e fugir de lares abusivos. Alguns de seus temas incluem jovens veteranos, hippies e um cara que vem caminhando pelo país desde seu divórcio. O projeto, segundo Peters, tem relação com o estilo de vida nômade e livre de sua família, e sua vida entre dois mundos diferentes.

Alguns podem ver a série California Winter de Peter como um projeto sobre a vida sem-teto, mas ele discorda.
“Vivemos num mundo onde tudo é muito limpo e higienizado. Você pode ir a qualquer lugar do mundo e ver as mesmas lojas, as mesmas tendências e os mesmos hábitos. Estou interessado nas pessoas que dão as costas para isso, que encontram jeitos alternativos de viver, que sentem que o sistema que aceitamos não funciona para elas”, diz Peters. “Meus temas não estão confinados a ‘pessoas sem-teto’. À primeira vista, acho que esse é o maior equívoco sobre o meu trabalho.”
A arte de Peters, incluindo seu projeto California Winter, e fotografia documental. Mas as imagens não foram feitas no “estilo fotojornalístico” tradicional. Apesar dele capturar momentos bonitos e se envolver com o ambiente ao seu redor, seu trabalho não visa só informar. Em vez disso, ele serve como uma ponte para dimensões diferentes em que as pessoas vivem e por onde passam.
“O importante é estarmos sempre gerando diálogo sobre como interpretamos partes diferentes não só de nós mesmos, mas do nosso mundo”, ele diz. “Muita gente tende a reprimir e desconsiderar o relacionamento abstrato que temos com a vida, mas o trabalho de um artista é investigar isso.”














Veja mais do trabalho do John aqui.
Matéria originalmente publicada pela VICE US.
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