Música

grassmass presta tributo a Moacir Santos em ‘Coisas2018’

Coisas2018

Rodrigo Coelho tinha 15 anos quando escutou o álbum Coisas, de seu conterrâneo pernambucano Moacir Santos, pela primeira vez. Mas foi só um pouco depois dos 20, quando o produtor já tinha seu som e atendia pelo nome de grassmass, que o músico foi entender a real importância de Moacir não só como sua influência pessoal, mas na música brasileira como um todo.

“Foi quando clicou algo em mim sobre como o local e o ancestral (no caso dele, o candomblé de Pernambuco e a polirritmia africana) são um combustível para novas estéticas”, fala grassmass sobre o músico, que criou uma nova sonoridade a partir de relações entre suas raízes e o jazz tradicional.

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A ideia do produtor era fazer uma homenagem ao compositor que soasse fora do jazz, como uma maneira de aproximar novas gerações da discografia de Moacir. Para isso, ele teceu camadas de sintetizadores que foram talhadas especificamente para emular cada um dos instrumentos do som de Moacir, entre voz, instrumentos de sopro, cordas, etc. “Foi um trabalho de “tapeçaria sintética” para dar vida a uma paisagem sonora contemporânea que remetesse à rebeldia presente em suas composições”, fala Coelho.

Para o produtor, Moacir faz parte de um seleto time de brasileiros que conseguiu furar a barreira do “exótico” para se tornar a voz de um estilo próprio dentro da universalidade do jazz. “Esse ciclo entre passado e futuro, conectado por suas experiências locais, foi um dos aspectos que a obra do Maestro tornou visível pra mim, e é uma pedra fundamental que guia meus passos musicais até hoje”, diz.

Ouça Coisas2018 abaixo, e faça download de “Coisa nº5” gratuitamente pelo Bandcamp da UIVO Records. Nessa quarta (12), rola o lançamento do disco na Audio Rebel, no Rio de Janeiro.

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