A China decidiu revogar a lei que estipula o limite de um filho ou uma filha na descendência dos seus cidadãos. Assim anunciou a agência estatal Xinhua News. Esta assegura que cada casal poderá ter um máximo de dois filhos.A política do filho único entrou em vigor em 1979. Foi uma medida implantada para travar o imparável crescimento demográfico do país. Apesar da normativa ter 36 anos, a verdade é que na última década a regulação relaxou-se, e certas regiões do país e comunidades étnicas, foram dispensadas do seu cumprimento.
Publicidade
A China abandona a política do filho único e permite que todos os casais possam ter dois filhos.Esta política provocou que os filhos do sexo masculino — que aparentemente terão mais e melhores probabilidades de financiar a terceira-idade dos seus pais — tenham sido previligiados durante anos. Assim o atestam vários relatórios, nos quais se denuncia que muitas meninas eram assassinadas ao nascer. Ou evitadas, através de abortos. A sinistra estatística explica porque é que hoje em dia existem mais 60 milhões de homens que mulheres, na China.A China também é um país que está a envelhecer a passos largos, em grande parte, como consequência da sua política antiquada. Estima-se que em 2050 mais de um quarto do país terá mais de 65 anos. Esta situação será um desafio sem precedentes para a juventude.O anúncio desta nova política dá-se no mesmo momento em que o Partido Comunista se reúne para traçar o plano de desenvolvimento económico do gigante asiático para os próximos cinco anos.Também se anuncia, apenas uns dias depois de que o partido publicasse um vídeo musical. Neste celebra-se, com uma canção, a 13ª cimeira para traçar o plano quinquenal. O objectivo, "potenciar o crescimento económico".Segue a Sally Hayden no Twitter: @sallyhayd