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A China põe fim à sua política do filho único

A China decidiu revogar a lei que estipula o limite de um filho ou uma filha na descendência dos seus cidadãos.

A China decidiu revogar a lei que estipula o limite de um filho ou uma filha na descendência dos seus cidadãos. Assim anunciou a agência estatal Xinhua News. Esta assegura que cada casal poderá ter um máximo de dois filhos.

A política do filho único entrou em vigor em 1979. Foi uma medida implantada para travar o imparável crescimento demográfico do país. Apesar da normativa ter 36 anos, a verdade é que na última década a regulação relaxou-se, e certas regiões do país e comunidades étnicas, foram dispensadas do seu cumprimento.

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— China Xinhua News (@XHNews)October 29, 2015

A China abandona a política do filho único e permite que todos os casais possam ter dois filhos.

Esta política provocou que os filhos do sexo masculino — que aparentemente terão mais e melhores probabilidades de financiar a terceira-idade dos seus pais — tenham sido previligiados durante anos. Assim o atestam vários relatórios, nos quais se denuncia que muitas meninas eram assassinadas ao nascer. Ou evitadas, através de abortos. A sinistra estatística explica porque é que hoje em dia existem mais 60 milhões de homens que mulheres, na China.

A China também é um país que está a envelhecer a passos largos, em grande parte, como consequência da sua política antiquada. Estima-se que em 2050 mais de um quarto do país terá mais de 65 anos. Esta situação será um desafio sem precedentes para a juventude.

O anúncio desta nova política dá-se no mesmo momento em que o Partido Comunista se reúne para traçar o plano de desenvolvimento económico do gigante asiático para os próximos cinco anos.

Também se anuncia, apenas uns dias depois de que o partido publicasse um vídeo musical. Neste celebra-se, com uma canção, a 13ª cimeira para traçar o plano quinquenal. O objectivo, "potenciar o crescimento económico".

Segue a Sally Hayden no Twitter: @sallyhayd