Salvador da Bahia é um paraíso

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Fotografia

Salvador da Bahia é um paraíso

O fotógrafo italiano Antonello Veneri captou a alma, os demónios, a essência e os orixás da capital baiana.

Este artigo foi originalmente publicado na VICE Brasil e, por opção editorial, não foi adaptado a português de Portugal.

Salvador é selva. É máquina de louco. O canto mais preto do planeta fora da África. Lei da Babilónia. É criminal, terminal. É buzu pegando fogo. É treta na pipoca. É cavalo do cão. É muita treta.

Há tempos não é mais a voz grave e tranquila de Caymmi que avistava o mar, ou a Gabriela subindo no telhado.

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Todas as fotos por Antonello Veneri.

É a terra em que os capitães de areia ainda fazem um qualquer no turista vacilão. É a máfia do leite, é o Carnaval definhando com os abadás e cordões de isolamento. É Cidade alta, é Cidade baixa. Não é para iniciantes.

A capital baiana é Pelô, Curuzu, São Cristóvão, Cajazeiras, Liberdade, Farol da Barra, Valéria, Jardim de Alah, Itapuã. Barra Avenida, Cabula. É acarajé, caruru, coca-cola e abará. É travesti subindo o morro, é protesto, é oferenda pra Janaína. É capoeira de Angola, é xaveco nos gringos. Salvador é samba duro, bloco afro, pagodão. É a massa.

Foto: Antonello Veneri

É tudo isso, tudo junto nas fotos abaixo. O fotógrafo italiano Antonello Veneri captou a alma, os demónios, a essência e os orixás da capital baiana com um olhar foda.

Desencana daquele estereótipo do gringo descobrindo a América. Isso aqui é bemba.