
Não sei realmente se ele conseguiu tirar folga, mas, quando ele me disse que tinha de trabalhar, me pareceu uma desculpa bem plausível. Esse é um sacrifício feito por quase todos que vieram atrás de trabalho na formação de Bakken, Dakota do Norte. Quando você trabalha na acelerada e fisicamente extenuante economia petroleira, não há muito tempo para romance."Você faz algum dinheiro aqui e vai embora", me disse outro trabalhador gay, um cara de 23 anos que trabalhava para a empresa que aluga e vende motores para os poços de perfuração. "Isso meio que desencoraja os relacionamentos."E sobra pouco tempo para os gays construírem uma comunidade. As atitudes estão mudando, mas a herança socialmente conservadora do Estado ainda paira no ar. Relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo geralmente são particulares – quando não totalmente secretos –, e espaços LGBT-friendly continuam extremamente limitados. Plataformas online, como o Grindr, proporcionam um jeito de os trabalhadores gays da área se conectarem. Mas as interações fugazes e entre apenas duas pessoas que elas proporcionam não ajudam muito a quebrar a sensação geral de solidão.E a homofobia nunca está muito longe da superfície. "Eu estava num bar outra noite, e um cara começou a me chamar de 'viado maldito'", me contou Jon Kelly, um desenvolvedor imobiliário de 29 anos que se mudou para Williston quatro anos atrás. "Sou assumido há dez anos, e nunca ninguém tinha me dito isso."
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