O mangá que narra a história de adolescentes trans com superpoderes
Todas as imagens são cortesia de Leho de Sosa.

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Guilhotina

O mangá que narra a história de adolescentes trans com superpoderes

'Teen Trans' traz diversidade e representatividade para jovens que estão descobrindo o próprio corpo.

O Pedro é designer na VICE. Ele também tem uma editora, a Pipoca Press. Por isso, ele sabe que tem muito trabalho foda de muita gente foda que está circulando pelas feiras e eventos de publicação no Brasil e fora dele. Aqui você vai conhecer esses trabalhos e essas pessoas.

Leho de Sosa é um artista visual e ativista uruguaio que está imerso no universo queer e no que ele chama de J-Pop latinoamericano nos suportes da pintura, arte digital, escultura e video-arte. Seu trabalho caminha junto com a sua militância na luta pelos direitos humanos e na visibilidade das “outras infâncias e adolescências”.

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Esse ano ele lançou Teen Trans, uma novela gráfica em mangá direcionada para pessoas trans e para todos aqueles que querem defender a diversidade e a pluralidade.

A primeira história da série se chama “Heróis sem identidade secreta” e apresenta seus personagens que, com seus superpoderes, vão defender a Marcha da Diversidade do ataque de grupos fundamentalistas. Todos esses personagens são construídos em cima de figuras reais da militância LGBTQ uruguaia e argentina.

Toda história é muito didática e, dentro da linguagem oriental do mangá, consegue estabelecer uma conexão direta com quem quer falar: crianças e adolescentes que estão em processo de formação e descoberta do próprio corpo.

Leho também é um dos nomes por trás da coordenação artística, ao lado de Delfina Martínez, da Semana de Arte Trans (SAT), organizada pela Secretaría de la Diversidad de la Intendencia de Montevideo, que busca visibilizar a população trans em uma programação artística com pessoas de diversos países. Tudo foi idealizado e realizado em outro país mas, infelizmente, não foge nada da realidade que acontece no Brasil, o país que mais mata pessoas LGBTQ.

Representatividade importa e é foda ver que uma nova geração pode se sentir representada em pessoas trans com poderes, pois poder é o que não falta e não faltará para a comunidade LGBTQ.

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