activistas climáticas protestam numa mina de carvão a céu aberto
Todas as fotos por David Tesinsky.
Meio Ambiente

Imagens intensas de milhares de manifestantes a invadirem uma mina de carvão

Cerca de 60 mil pessoas participaram numa acção climática que ocupou a maior mina de carvão castanho do Mundo.

Este artigo foi originalmente publicado na VICE Holanda.

No último fim-de-semana, milhares de activistas climáticos oriundos de toda a Europa invadiram Rhineland na zona oeste da Alemanha, perto de Colónia, e ocuparam Garzweiler II – a maior mina de carvão castanho (também conhecido como lignito) do Mundo.

Garzweiler II é um buraco de 50 quilómetros quadrados a céu aberto, que contém cerca de 1.3 mil milhões de toneladas de lignito, que é ainda pior que o carvão negro pois não arde de forma eficiente, pelo que pode produzir até 30 por cento mais de emissões de gás de efeito-estufa. Garzweiler II é tão grande que foi preciso arrasar 12 localidades para ganhar espaçoso para a mina. E a exploração não está a apenas a prejudicar a paisagem e o ambiente, já que, em conjunto com as centrais eléctricas alimentadas a carvão que constituem todo o complexo, o local é o maior produtor de dióxido de carbono do continente europeu.

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Os activistas do grupo de acção climática Ende Gelände invadiram a mina, vestidos com fatos de protecção e máscaras anti-poluição e pedindo o fim da exploração de carvão. "A crise climática exige o fim imediato do carvão", justificou o grupo num comunicado de imprensa. E acrescentou: "Como os políticos a falhar, estamos nós próprios a parar os trabalhadores".

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No entanto, a polícia já estava no local à espera dos manifestantes. De acordo com um porta-voz do Ende Gelande, muitos foram detidos e retidos por mais de 10 horas, com pouco que comer ou beber. Há também registo de várias pessoas feridas, tanto entre as autoridades como entre os manifestantes.

Enquanto os activistas ocupavam Garzweiler II, ali perto, na cidade de Aachen, oito mil pessoas manifestaram-se pacificamente contra a exploração de carvão. No dia anterior, no mesmo local, cerca de 40 mil pessoas juntaram-se a outro protesto climático organizado pelo movimento Fridays for Future.

O fotógrafo David Tesinsky esteve na ocupação da mina no sábado e captou vários momentos da acção. Abaixo podes ver mais fotos.

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