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Esta empresa te dará US$ 100 mil se você criar uma alternativa ao Facebook

Incubadora de startups distribuirá uma grana para quem fizer uma rede social que não explore os dados de seus usuários.
Crédito: Shutterstock/Wikimedia Commons; Montagem: Motherboard

Os últimos meses têm sido dureza pro Facebook. Os dissabores começaram após a eleição de Trump, quando rolaram acusações da rede abrigar trolls russos e espalhar notícias falsas. Depois, no começo deste ano, um X-9 da Cambridge Analytica revelou até que ponto os dados de usuários do Facebook foram usados para a criação de anúncios eleitorais específicos e causou um mal-estar global. Aí a empresa foi acusada de estimular o genocídio na Birmânia e, para completar, seu CEO Mark Zuckerberg passou dois dias diante do Congresso norte-americano falando sobre a política de dados do Facebook.

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A empresa está dando seus pulos pra tentar compensar pelos escorregões, mas muitos usuários – eu incluso – estão de saco cheio das péssimas práticas da rede social e acabaram por apagarem seus perfis. Mas e se tivéssemos como manter todos os benefícios do Facebook sem a invasão de privacidade?

Esta é a motivação por trás do Open Book Challenge, concurso criado pela incubadora de startups Launch que promete 100.000 dólares em capital semente para sete empresas que oferecerem alternativas melhores ao Facebook.

“Todos os produtos sociais e de comunidade da internet tiveram sua própria era, do AOL ao MySpace e geralmente estes não chegaram ao fim pelas mãos do governo – sendo substituídos aos poucos por produtos melhores”, escreveu Jason Calacanis, investidor anjo e CEO da Launch. “Então é hora de começarmos o processo de substituição do Facebook.”

De acordo com Calacanis, já são duas dezenas de equipes competindo por um dos prêmios, mas ele espera ter pelo menos 100 participantes antes do encerramento das inscrições em 15 de junho. O objetivo é criar "uma rede social de um bilhão de usuários que substitua o Facebook” e cada projeto deve atender a cinco critérios principais: proteção de privacidade dos usuários, proteção da democracia de “mal-intencionados”, um basta à divulgação de informações errôneas, não fazer das pessoas viciadas no serviço e “proteger a liberdade de expressão ao mesmo tempo em que se lida com abusos”.

“Ninguém sabe ao certo como o Facebook será substituído”, escreveu Calacanis. “Para ganhar do Facebook, muitos acreditam que a equipe vencedora terá que criar uma funcionalidade básica semelhante ao que os usuários buscam na hora de trocar de rede social, além de oferecer novas experiências que farão o público se engajar com este novo produto. Outros crêem que será um paradigma completamente novo.”

Depois de 15 de junho, Calacanis selecionará 20 finalistas e ajudará na condução dos projetos por três meses. Após este período, os sete vencedores serão escolhidos para integrarem-se à Launch por quatro meses e trabalharão no desenvolvimento de seu site com 100.000 dólares em investimentos.

Criar algo que ficará no lugar do Facebook é um objetivo nobre. Mas como outras redes alternativas como Mastodon e Ello provam, criar a plataforma é uma coisa, mas conseguir com que o público faça essa troca é bem mais complicado do que parece.

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