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A Bienal de Cinema Indígena prova que os índios brasileiros também fazem cinema

Um índio brasileiro vai a Londres. Lá, com uma câmera na mão, ele quer provar que há mais semelhanças entre os rios Tâmisa e Xingu do que nossos olhos não indígenas podem enxergar.

Durante 30 dias, Takumã Kuikuro entrevistou hippies que viviam sobre as águas, uma mulher que cura com as mãos, dançarinas indianas e outros personagens inusitados para sacar as ligações espirituais de comunidades distintas do Velho Continente com os índios brasileiros. Esse é o roteiro de ETE Londres, um dos documentários a ser exibido na Aldeia SP – Bienal de Cinema Indígena, que acontece entre os dias 7 e 12 de outubro na cidade de São Paulo.

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Durante uma semana, 57 filmes feitos por cineastas índios (todos possuem origens indígenas, sem exceção) irão tomar as telas para consolidar algo que, embora seja simples, ainda é desconhecido pela maioria: a sétima arte sob a ótica de quem chegou primeiro em terras brasileiras.

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A seleção traz produções que abordam protestos, retomadas de terras tradicionais, xamanismo, programas de TV e clipes. Entre as obras mais recentes está o curta animado Konãgxeka: o Dilúvio Maxakali (2016).

Lançada pela produtora de filmes indígenas Pajé Filmes, a animação retrata a história do dilúvio segundo a etnia Maxakali, cuja população habita o estado de Minas Gerais e conta com cerca de 1.500 índios.

Para o antropólogo, cineasta e fotógrafo Pedro Portella, um dos curadores da mostra, o importante é reforçar o papel do cinema múltiplo indígena, que, além de ser artesanal e diverso, “traz o discurso direto de seus realizadores”.

Para sacar a programação completa, clique aqui.


Bienal de Cinema Indígena – Circuito SPCine

Data: 7 a 12 de outubro.
Entrada: gratuita
Local: CCSP (Rua Vergueiro, 1000, Paraíso) e CEUs (Aricanduva, Butantã, Casa Blanca, Heliópolis, Inácio Monteiro, Meninos, Paraisópolis, Parque Anhanguera, Parque Bristol, Pera Marmelo e Vila Atlântica)

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