Matéria originalmente publicada no Noisey US.Headbangers gostam de visões amplas — primeiramente porque vastidão e lei cósmica são coisas épicas e fodas, e segundamente porque assim enquadramos em um sistema de lógica inegável as nossas confusas e decepcionantes vidas. Fazemos o mesmo com o metal, com seus padrões de truezera e se é foda ou não-foda. Mas assim como Hieronymus Bosch nos ensinou que o inferno é ocupado por milhões de pequenos atos de violência, o metal sempre nos prova que sua massa de carnificina sonora é composta de pequenos trecho animalescos.
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Todo headbanger lembra dos grandes momentos de grandes canções — o grito do início de "Angel of Death", o bumbo de "Battery", a ponte de "Ace of Spades", mas por mais que estes sejam momentos que definem o metal pro mundo, não são estes trechos que mais importam pra quem realmente curte a parada. O que importa são aqueles momentos escondidos, muitas vezes esquecidos, que inspiram olhares de sabedoria e air bateras entre amigos temporários no mosh. São os trechos que fazem o ouvinte bater a cabeça em reverência ao poder daquele som e talvez em vergonha de ter esquecido o quão foda ele era.Temos aqui uma lista de 13 grandes momentos no metal que talvez você tenha esquecido, mas que no fundo desse seu coração todo podre, você sabe que são demais. Incluímos também o minuto exato de cada trecho para que você os encontre com facilidade. Caso você não seja metal, eis uma boa forma de conhecer o gênero, caso contrário, você sabe do que eu estou falando.Todo mundo sabe que a faixa mais assustadora do Slayer trata do assassino e necrófilo Ed Gein, que inspirou Norman Bates, Leatherface e Buffalo Bill de O Silêncio dos Inocentes. Poucos prestam atenção em como a música retrata a progressão de Gein de um quase zumbi até o ponto em que se torna um assassino sexual. As batidas após cada linha deste verso mostram a intensidade esmagadora de Gein finalmente decidindo que será necessária carne quente e não fria, para pacificá-lo.
1. A levada no final de "Dead Skin Mask" do Slayer (3m38s)
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2. A quebrada no final de "Domination" do Pantera (3m43s)
3. A aceleradinha no final de "Paradise City" do Guns'N' Roses. (4m34s)
Quando você pensa em um show do G'N'R, não é comum pensar num bate-cabeça, mas "Paradise City", talvez um dos sons mais bregas da banda, encerra com um grito, uma batida e uma repetição do riff central da música com uma batida punk inesperada. Axl balbuciando o refrão sem mais nem menos só torna tudo muito mais frenético.
4. Os vocais agudos ao fundo de "Necromantical Screams" do Celtic Frost. (0m38s)
Aquele trecho que deixou todo mundo de cara feia. O black metal não existiria sem os grunhidos misantropos do Celtic Frost, mas são estas camadas atmosféricas que trazem à tona a mistura bizarra de imagens extremas com romance gótico encantador. Como um hino cantado ao funeral do sol.
5. A invocação de "Demon of the Fall" do Opeth (2m16s)
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6. A referência a Amor Sublime Amor em "Don't Tread On Me" do Metallica (0m05s)
7. Aquele pulinho no riff inicial de "Sons of Northern Darkness" do Immortal (0m17s)
Sons of Northern Darkness de 2002 é o disco definitivo do Immortal, pegajoso e bruto sem se preocupar com o purismo black metal de seus primeiros discos. E é aqui que a banda não só mostra que sabe compor como também lembra ao ouvinte que o black metal, como qualquer outro gênero dentro do metal, tem que ser divertido.
8. O efeito na voz de Dio ao falar do inferno em "Don't Talk To Strangers" (0m46s)
Na maior parte do tempo, Ronnie James Dio é bem direto com suas vocalizações sobre dragões, pedras e pedras de dragões, mas neste bizarro momento, Dio usa um efeito para fazer sua voz soar como um espírito do mal entrando brevemente em nosso reino por meio de alguma fenda ectoplásmica no ar logo atrás de você.Brega até o talo, mas muito massa (como tudo que o Dio já fez, na real).
9. O harmônico no riff principal de "Praise The Lord (Opium of the Masses)" do Dying Fetus (0m15s)
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