Jovens de várias capitais falam dos seus rolês preferidos de verão

Jovens falam sobre seus rolês preferidos de verão

Você pode até preferir um friozinho para outras situações e atividades, mas não dá pra negar que o verão é a melhor estação pra dar rolê pela cidade. Andar pela rua usando pouca roupa, tomar uma cerveja refrescante num bar de boa, pedalar, mergulhar no mar ou só ficar tomando um solzinho no parque: as possibilidades são infinitas (mesmo se você estiver sem grana, pode confiar) e, como bons entusiastas do verão, a VICE resolveu fazer uma espécie de guia pra você saber exatamente onde ir pra aproveitar os três meses de sol e calor na sua cidade.

Mas, ao invés de pesquisar quais são os melhores lugares pra colar e curtir uma brisa quente de verão em fontes que poderiam ou não ser confiáveis, resolvemos ir direto à fonte de quem realmente vive a vida vivida: os jovens. Falamos com manos e minas das cinco regiões do Brasil, que indicaram onde ir e o que fazer pra se divertir na melhor estação do ano. Acompanhe abaixo, e curta mais dicas e guias de verão a partir de hoje no nosso especial de Volta às Férias.

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Matheus Gonçalves, 27 — Fortaleza, CE

Em Fortaleza, a praia de Iracema é O Point. Todos os rolês no 0800 se juntam com a praia, que também fica perto do centro, onde algumas vezes ao mês rolam festinhas a céu aberto, mais especificamente na Praça dos Leões. Na P.I. tem o Poço da Draga, que é uma comunidade periférica centenária, onde o pessoal costuma ir por conta da ponte velha, pra pular de lá pro mar e ir nadando até a praia. A prefeitura costuma fazer bastante evento cultural nos arredores do Dragão do Mar, incentivando muito a cultura periférica, tem muito rolê de reggae, passinho e uns show gratuitos. Eu mesmo gosto muito de passear na barra do Ceará, onde tem o encontro do Rio Ceará com as águas do mar, é um negócio muito bonito ver o pôr do sol de lá, mas as atividades culturais que conheço por aquelas bandas são pequenas. Tem também um lugar importantíssimo pra cultura underground e LGBTQ fortalezense, que é a Rua do Gato Preto. O pessoal das artes normalmente se reúne lá às sextas-feiras, é um fuá enorme. Rola muito som maneiro e muita gente se expressando mais abertamente do que em outros lugares.

Júlia Boynard, 27 — Belo Horizonte, MG

BH não é a cidade mais cheia de eventos do mundo, mas tem a vantagem de oferecer mais bares por metro quadrado, então é sempre bom explorar essa oferta de botecos da cidade. Um rolê que é sempre bom de dar é ir para a rua Sapucaí e curtir o pôr-do-sol vendo os murais do CURA. Na época também começam os pré-carnavais, então tem bloquinho, ensaio, e a já tradicional Praia da Estação que o pessoal ama pra tomar o catuçaí. Quem é da technera, sempre tem technos. E também rola o VAC – Verão Arte Contemporânea, que tem programação muito boa de shows, exposições, etc.

Caio Silva, 28 — Teresina, PI

Aqui é uma cidade de bares. Como os eventos são poucos e pontuais, a galera costuma se espalhar pelos bares e botecos pra tomar uma e aí a medida que eles vão fechando a gente vai indo para lugares que nunca fecham, tipo posto de gasolina (que geralmente a negrada tá com paredão de som rolando algo – swingueira principalmente, se você morar no subúrbio como eu). Aqui eu curto muito um festival internacional de dança contemporânea chamado JUNTA, que une a galera toda e os rolês sempre se estendem depois da programação normal. Também ando vez ou outra em alguns bailes de reggae que rolam em algumas danceterias da cidade (no fim do ano eles eles acontecem em maior número, tem até um Oscar do reggae teresinense). E também curto um baile/festinha de música afro chamado baile Afrosamurai. É uma das poucas festas da cidade que tem ocorrido com frequência (a cada dois meses) e toca uma variedade ampla de black music (afrohouse, trap, soul, kuduro, dancehall etc).

Carolina de Mendonça, 23 — Aracaju, SE

Por aqui durante o verão por muito tempo em janeiro ocorria um evento chamado Pré-Caju. Era a maior prévia carnavalesca do Brasil e ocorria bem pertinho do carnaval. Por questões de segurança e ambientais, essa festa foi cancelada sendo substituída por um festival chamado Fest Verão. Além dessa festa, costumam ter diversos eventos voltados para o axé durante o verão, como um aquecimento do carnaval de Salvador. Durante o carnaval propriamente rolam na cidade alguns bloquinhos, principalmente na região do centro. De praia, a galera costuma ir à Cinelândia.

Liam Maia, 22 — Goiânia, GO

Aqui não tem verão e nem inverno, é só quente e chove muito pouco. Aí rolê mesmo é achar um lugar que tem piscina/piscina de 1000 L/água de qualquer forma e fazer o rolê. Clube aqui é uma parada super cheia sempre, e ir pra interior também é um rolê muito comum não só pra ver os parentes, mas pra ter rio e uma temperatura um pouco mais amena. Ir pra cachoeira também rola, já que aqui no estado tem muitas.

Maria Regina Ribeiro, 18 — Rio Branco, AC

Se você estiver em família, é mais comum ir num pesque e pague/balneário tanto nos arredores da capital quanto em cidades mais no interior do estado. Eu particularmente ia muito pra Xapuri com minha avó! De noite muita gente vai pros bares, principalmente o Studio Beer, já que tem muita festa LGBT+ por lá. Quem é mais cult costuma ir no Patchamama, que é um festival de filmes com participação de outros países que fazem fronteira com o Acre, como Peru e Bolívia, e começa nessa época de fim de ano.

Vitor Modesto, 18 — Porto Alegre, RS

Aqui em Porto Alegre nós temos um bairro em que a galera se reúne em todos fins de semana, a Cidade Baixa. A galera fica ali nas ruas bebendo, conversando, entrando nos bares, tem casa de festas, shows, tudo ali. E tem a Usina do Gasômetro, que a galera vai pra conversar, pegar um sol, tomar chimarrão, fazer esportes, ver o pôr do sol, um rolê mais calmo mas que a gurizada gosta bastante pra ficar com os amigos.

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Renata Peixoto e Lorenna Monteiro, 22 — Maceió, AL

Aqui é verão de janeiro a janeiro e tem praias de todos os estilos, desde as praias urbanas como Ponta Verde e Pajuçara até praias que encontram lagoas e o passeios como o Gunga. De noite, a galera costuma ir no Botequim Paulista, que fica na “antiga” Amélia Rosa, atual Dr. Antônio Gomes de Barros, conhecida como a rua dos bares, onde também ficam outros bares como o Das Lagoas e o The Spoilers Bar. Rolê cultural temos nos SESCs, no Complexo Cultural do Teatro Deodoro, a Pinacoteca, o Museu Théo Brandão e Centro Cultural Arte Pajuçara. Dá pra colar na praia de manhã, visitar um exposição ou assistir a um filme de tarde, e de noite tomar aquela cervejinha, além de comer muito bem.

Maria Clara Chixaro, 22 — Manaus, AM

Em Manaus o verão é o ano inteiro, então não precisa ter variações de rolês, apenas nos que envolvem água: os flutuantes (bares no meio do rio) e as cachoeiras de Presidente Figueiredo, que acabam precisando de cuidados maiores dependendo da cheia e seca do rio, mas esses são os melhores rolês daqui! A vida noturna sempre vai contar com as casas de show clássicas: Porão do Alemão e Allnight. Mas, pra mim, os melhores lugares pra sair à noite sempre vão ser os bares no centro: Caldeira, bares da praça da saudade, festinhas no MUSA e o Curupira. Ah, e sempre tem o bar da moda, o da vez é o La Casa Pub.

Ravi Freitas, 25 — João Pessoa, PB

Os rolês pessoenses já foram bem poucos, mas tem gente muito legal resgatando a cena. Pra quem curte rap, a batalha do Coqueiral, que rola toda quarta, vem sendo resistência, inclusive contra violência policial. Fim de semana, o Centro Histórico e a praia da cidade é onde a galera vai. Pra quem quer show tem lugares como o Espaço Mundo e Miragem, que trazem artistas diversos da cena atual, da cidade e de fora. Pra quem quer tomar uma cerveja, os bares 24h da praia vendem litrão a preço de banana e o clássico On The Rocks junta uma galera mais alternativa e jovem.

Gisele Lima, 23 — Rio de Janeiro, RJ

Verão é uma época em que eu quase não paro em casa porque tenho o objetivo de aproveitar ao máximo tudo que acontece na cidade (e acredite, acontece muita coisa). Os lugares onde tudo acaba se concentrando mais são na região do centro e na orla das praias, tanto da zona sul quanto da zona oeste. Na zona norte há atrações em points como o viaduto de Madureira, o Parque Madureira e em espaços como a Arena Dicró, o Cacique de Ramos e o Engenhão. Como sempre tem uma intervenção artística ou programa gratuito surgindo no verão, surge um luau na orla ou um show na praia mesmo. Às vezes surgem festas na praia também, o que faz a galera ficar por lá até sabe-se lá que horas. E as festas e shows que surgem são pra tudo quanto é preferência musical: surge de reggae, MPB, trap, hip hop… Minhas praias favoritas daqui são a do Leme e a do Recreio, porque dali você pode seguir pra outras praias só pela orla.

À noite, as pessoas caem mais pro centro, porque lá fica agitado em pontos específicos até amanhecer. Costumam acontecer algumas atrações culturais como, por exemplo, o Madrugada no Centro, promovido pelo Centro Cultural Banco do Brasil. Tem sempre algo gratuito acontecendo em lugares como a Pedra do Sal, o Arco do Teles, o bar do Nanam (na Praça Tiradentes) e a Praça Mauá. Na zona norte, o meu lugar favorito da vida é o viaduto de Madureira. Rola muito evento maravilhoso ali e o baile charme sempre será meu queridinho de toda a cidade. E no Parque Madureira também costumam acontecer uns eventos durante o dia. Muita gente vai pra lá reunir os amigos, andar de skate, patins… Aproveitar o dia com pessoas queridas mesmo. Na Arena Dicró, localizada na Penha, costumam ter uns eventos onde tem até batalha de passinho. Acho que é um espaço que ainda tem muito a oferecer e que merece mais reconhecimento do público.

Diego Souza Carlos, 23 — São Paulo, SP

Vamos lá. Aqui em São Paulo existe uma gama maravilhosa de rolês. Todos os gostos e sabores. Infelizmente tem uns que pedem cores também, mas foquemos nos interessantes. Aqui, costumo sempre colar nos bares do Tatuapé ou lugares no centro. Um em especial, a Jailhouse, é super friendly. Meio pub, quem vê pela frente não dá nada, mas é enorme. Ir lá dá a sensação de estar quase na casa de amigos. A Paulista aos domingos sempre trás algo novo e com dias de sol, uma delícia ver bandas, grupos de dança, como disse, nunca está igual (só cheia mesmo). E a Roosevelt está aberta pra quem gosta de conhecer gente e tomar litrão na escada.

Laura Friedl, 23 — Brasília, DF

Eu costumo variar meus roles. Eu curto muito rolê mais de boa, cinema, festa em casa de amigos mas eventualmente gosto de festas normais também. Aí costumo ir em alguma organizada pelos coletivos que tem aqui (SUJO e SNM, por exemplo) que tem propostas de festas mais em conta pro público, com preços justos tanto pro ingresso quanto para consumo. Tem muito barzinho universitário perto da UnB, também, e tá quase sempre cheio. Também tem o Cine Drive In (o último da America Latina, se não me engano), que quando rola vou lá fortalecer a cena porque é bem escanteado.

Volta às Férias é o nosso especial que vai te ajudar a se preparar para o verão mais merecido da sua vida até agora. Saque tudo aqui.

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